writings on architecture, design and cultural studies (incl. oporto school, portuguese architecture, critical project, drawings and photografphy, cedric price, gordon pask, and other stuff...)
10/9/25
CADM2025, Xiamen, China
International Conference on Architecture and Disaster Management (CADM2025). / Technical Program Committee (TPC) member. /
24-26 October 2025. Fortune Hotel Xiamen, Xiamen, China 厦门福佑大饭店
Gonçalo M Furtado C L /
Architect by Oporto University – Portugal, 1999.
Master by Univesidad Politecnica da Catalunha – Spain´
PhD by University College of London - United Kingdom, 2007. /
Professor at Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. /
Membro do DFP – CeAU. /
Author of books such as:
- Furtado, G., Arquitectura portugusa e escola do porto, Porto: Textiverso, 2025.
- Furtado, G, Notas disprsas II, Liria: Txtivrso, 2024.
- Furtado, G., Trajectos, pensamento em arquitectura, Porto: CIAMH, 2024.
- Furtado, G., europa: Viagns para chgar a casa, Coimbra: Centro cultural penedo da saudade, 2024
- Furtado, G., Apontamentos sobre arquitectura portuguesa e escola, Porto: Fundação Júlio Resende-lugar do desenho, 2024
- Furtado, G., Notas disprsas I, Liria. Txtivrso, 2023.
- Furtado, G, Napkins, Coimbra: Casa da esquina, 2023.
- Furtado, G., Espacialização da Arte e do artista, Coimbra: Fonlab, 2023.
- Furtado, G., Oliveira, A., América: Utopias e transitoriedade, Aveiro: EACM Calouste Gulbenkian, 2023.
- Furtado, G., Oliveira, A., África, Aveiro: EACM Calouste Gulbenkian, 2023.
- Furtado, G., América, Coimbra: APBC, 2022.
- Furtado, G., A sobrevivência da cidade pós-industrial: Reds fluxos, bits e criatividade, Espinho: Draft, Espinho: Draft books, 2021.
- Furtado, G., Pask's encounters: From childhood curiosity to the envisioning of an evolving environment: Exchanges between cybernetics and architecture, Wien:Echoarum, 2010.
- Furtado, G., Muller, A., Póvoas, R. (eds), Gordon Pask on science and art, Porto: FAUP, 2009.
- Furtado, G., Póvoas, R. (eds), Cedric Price's generator and the Frazers' collection, Porto: FAUP, 2008.
- Furtado, G., Póvoas, R. (eds), Contemporary architectural challenges, Porto: FAUP, 2008.
- Furtado, G., Generator and Beyond, Coimbra: Semear palavras, 2008.
- Furtado, G., Afonso, R. (eds), Architecture: machine and body, Porto: FAUPublicações, 2006.
- Furtado, G., Behind the pencil: Or the construction of the critical project, Bogotá-Porto: PEI/EA, 2005.
- Furtado, G., Cruz, M. (eds), Marcos Cruz: Unpredictable flesh, Porto:Mimésis, 2004.
- Hernandez, C., Furtado, G. (eds), Off fórum: Postindustrial global city and repressed marginal design discourses, Bogotá/Porto:EA-PEI, 2004.
- Furtado, G., Notes on the space of digital technique, Mimesis: Porto, 2002.
- Furtado, G, Braz, R., (eds), Architecture and Information society, Porto: FAUP, 2002.
10/5/25
INTRODUÇÃO: SILVA CARVALHO, ESCREVER NO PRESENTE
INTRODUÇÃO: SILVA CARVALHO, ESCREVER NO PRESENTE
(Gonçalo Furtado)
i.
O escritor António Silva Carvalho nasceu na cidade de Vila do Conde m 1948, ao 18 anos deslocou-se de cidade, tendo frequentado a Universidade de Coimbra.
O presente livro - “Memória do presente” - é um livro da sua autoria, composto e impresso em 1978 pela Brasília editora do Porto, e que permanece disponível online a qualquer leitor interessado - (vd. inéditos, no website)./
Comecemos por salientar que o conteúdo do livro remete para várias vicissitudes representativas do período em que foi escrito (1967/1968). Isto é, tempos compreendidos entre o ano de 1967 - i. e. um período de vida entre a Póvoa de Varzim-Coimbra - antecedendo a partida para exilio em França ocorrida a 9 de Abril de 1969.
Bem como que, na reedição do presente livro, idealizada por Nené Menezes (companheira de António) para 2026, para além da reimpressão em papel será ainda oferecido à leitura dos interessados, um conjunto de poemas que não integravam a 1ª edição. Designadamente os de páginas 10, 15, 16, 17, 28, 30, 38, 39, 40 e 41. Sendo que a explicação para a 2ª edição do livro, com inclusão dos preditos textos, decorre das palavras do próprio autor no seu website: “Este livro, embora não seja inédito, merece figurar nesta secção dedicada aos livros inéditos, pelo simples facto de a sua primeira edição, aparecida em 1977, não conter a totalidade dos textos que deveriam fazer parte deste projecto. Esta é a oportunidade de dar a conhecer aos leitores os textos inéditos que por várias vicissitudes não foram incluídos na 1ª edição”./
Da memória do autor acerca desse período de transição decorre: “(…) eu queria na altura fazer uma carreira literária (…), E Então fiquei em França. Tentei obter o estatuto de exilado. Não mo deram. Pelo contrário, disseram que deveria regressar a Portugal e ir fazer a guerra Colonial (…). eu tinha grandes problemas com a cultura portuguesa. Quando estava m Coimbra, fui para lá com 18 anos, apercebi-me que em relação aos da minha geração tinha uma avanço cultural extraordinário, porque comecei a ler aos 14 anos e essa altura dos 14 anos ate´ aos 18 anos fez com que, quando cheguei a Coimbra e era o caloiro, aqueles doutores não me metessem medo nenhum porque eram todos uns imbecis e uns ignorantes e apercebi-me claramente que tinha que sair de portugal, isto e´, que ficar no país não levava a nada. O facto de ter vivido numa república em que entravam lá os Pids e depois saiam, mostrava que no fundo havia uma cumplicidade entre nós e os Pide. Nós íamos ao cafe´ e eles apareciam lá a revistar-nos, mas uma coisa inofensiva, inócua. A minha ideia era realmente que tinha que sair se quisesse aprender alguma coisa, porque aqui era o deserto”. – (vd. “Poretismo e deriva”, Silva Carvalho entrevistado por João Urbano, policopiado fornecido ao autor, ca.2005).
Certo e’ que Em França, teria início um 2º período na produção literária do autor, onde redigiu livros que incluem itens em francês como Eclat (Le Bonheur etc), Verseau, La Nuit, Autre Chose, e Part du Feu./
Silva Carvalho regressaria ao país apenas em 1975,
Licenciou-se depois em Filologia Românica; sendo que conforme salienta Menezes, “Terminou com um 17, mas era ele o mais irreverente”. (Email, 23.8.2025).
Posteriormente , entre os anos 80 e 2000, foi leitor em universidades. Designadamente, na Universidade da Califórnia entre 1985 e 89, na Universidade de Goa entre 1990-91, e na Universidade de Massachusetts entre 1997 e 2001.
Já no presente XXI, prosseguiu com o leccionamento no ensino secundário até 2008.
Faleceu muito recentemente, o mês passado, em Julho 2025./
No que tange à obra de Silva Carvalho, a Bibliocronologia do autor - que inclui diversos períodos para além dos antes mencionados - encontra-se disponibilizada no seu website.
Esta obra foi, maioritariamente, sendo disponibilizada em papel por um conjunto de editoras, incluindo a Fenda, Brasília editora (e.g. “A linguagem Porética”), Solcris (75 Sonetos), etc etc.
Destaca-se por exemplo um grupo de livros mais antigo editado com DL pela Brasília editora no Porto. Em particular, a trilogia Porética que é composta pelos livros: “O Princípio do Eco”, a “Teoria da Disponibilidade” e a “Crítica das representações”. A tal acresce a pentalogia Americana, sendo ainda ainda de assinalar que, pelo menos “Crítica das representações”, surgiu editado em 1995, possui ilustração de capa pelo artista Luís, irmão mais novo do escritor .
Acresce depois outro conjunto composto por uma dezena de livros, publicados com registo ISBN por editora Aquário. Tal inclui “New England”, “que estupidez”, “a experiência americana ao vivo”, “Mediocridade”, “Caos, indelével inefável”, “O rito diário de um hipocondríaco”, “As estações”, “Trioogia fática” (dedicado “ao Manuel Lopes, um grande amigo”), “Díptico musical”, “Cypress walk”, Sendo que o último livro desta editora será intitulado em 2025 “Como se nada fosse”. (vd.https://ineditos.silvacarvalho.com/comosenada.pdf).
Suceder-lhe-á o início previsto de nova entidade editoria, que será denominada previsivelmente como “Porética edições”, destinada a editar outros livros que estão divulgados online no website.
Mais dizer que nos endereços eletrónicos dos websites: https://silvacarvalho.com/ e https://ineditos.silvacarvalho.com/ - se encontra, ao que penso, criteriosa e estruturadamente disponibilizada a totalidade da obra./
ii.
Em “Hayden Carruth, um poeta americano” (vd. A Linguagem Porética, p.8-9) o autor tece esclarecimentos relevantes a pretexto do impacto que teve em si a leitura do ensaio “A Meaning of Robert Lowell” de 1967: “Foi como um choque. Daqueles que se sofre com uma espécie de revelação, como o fora a leitura de Sade e de Lautréamont, nos meus tempos de Paris, ou a dos extraordinários livros que Blanchot nos oferece, ou a desse la Revolution de la Language Poétique, de Kristeva, que nos abre de par em par, ou ainda desse pequeno livro de Barthes que fui roubar ao seu famoso e mal lido le Plaisir du Texte, para servir de introdução ao meu já distante e sempre desconhecido, como se deve, Memória do Presente”. Não só pelo que aí se diz sobre Lowell (…), como, e sobretudo, pelos 2 capítulos finais, de teor mais geral, onde se faz uma leitura dos momentos literários que aconteceram no ocidente nos últimos 100 anos. Que, assim de repente, me diziam mais, sobre o que tenho andado a fazer, do que milhares de horas a sonhar, como sonhei com uma ESTÉTICA que desse a oportunidade ao leitor de se aperceber do que de novo e de essencial percorre os meus textos.
Estava ali, diante de mim, a possibilidade de agarrar o que viera fazendo paulatinamente nos últimos 20 anos, às vezes inconscientemente, outras vezes com a grave noção de saber estar a cometer um crime de lesa-literatura. (…)
O começo da minha ousadia textual estava aí explicado, sugerido, comentado, e a minha ‘Estética da Estupidez”, apenas esboçada, como apêndice, no final daquele que será o meu próximo livro a publicar, ‘Da Estupidez’, aparecendo-me agora como um novo fulgor e todo um outro significado. Uma revolução, meu caro leitor”.
E, no ensaio “O poretismo” (vd. Ibid, pág. 50ss), afirma o autor: “No que me diz respeito, e para efeitos de compreensão da minha própria obra, eu vejo o seculo XX português, dividido em 3 momentos muito precisos. O Modernismo, que corresponde à obra de Fernando Pessoa (1888), o Pós-modernismo, que corresponde á do Jorge de Sena (1919(, e a época que corresponde à minha obra (nascido em 1948), a que eu chamo, já que ainda não há nome, o Poretismo. (…). Caracterizo a Escrita Porética como tendo (e tendo em conta) a experiência da minha vida-escrita, ou da minha vida-obra).”/
Relevante de sobremaneira, é observar que a abordagem da escrita por António Silva Carvalho decorre das palavras do próprio autor, ainda no livro intitulado “Que estupidez”: “Interessa-me (…) escrever, escrever o que estiver a viver, o que tive que viver, o que for vivido enquanto se escreve". “(…) Neste tipo de escrita, (…) não há nenhuma transfiguração. Nem há muitos verbos remetendo-nos para muitas acções, nem há muitos termos literários dando conta da especificidade do real, há só a língua na sua repetição possivelmente fastidiosa e inconsequente (…)."
A sua linguagem porética foi alvo, posteriormente ainda de alguns escritos/reflexões; Podendo destacar-se e.g. ensaio pelo próprio autor, acessível no número 9 do revista “Nada”.
Recorda Mané ser "um novo género literário”. Sendo o “ ’Livro Porético, uma outra maneira de se viver a literatura’ citando o seu criador”, como recentemente me escrevia a mesma (i.e. 17 julho 2025)./
iii.
Conheci o escritor António Silva Carvalho em Lisboa, num qualquer ano – ca. 2000-2002? , Sendo que, desse período recordo o lançamento na Lux de um dos números da revista “Nada” (direcção de João Urbano); bem como palavras trocadas em Sintra, etc.
Correspondendo a um pedido do António, escrevi em 2002-2003? sobre o antes referido livro “Que estupidez”. Um livro, nas palavras do João Urbano: “… determinante e de viragem na sua obra (…), em que começa a tactear um conceito futuro (…´) que s tornará central na … obra: a poretica”. – (vd. entrevista “Poretismo e deriva”)
O que pessoalmente escrevi sobre o livro “que estupidez” foi por Silva Carvalho reproduzido na contracapa do livro “Mediocridade”. Parece-me significativo voltar a transcrever o então sintetizado:
“MEDIOCRIDADE: Algures... Num tempo que não o que aqui ficou inscrito.
‘Que estupidez!’ é uma coisa-livro de chacha (Heidegger) que se constrói paralelamente ao discorrer do pensamento autobiográfico e da presentificação da temporalidade quotidiana-VIDA.
A ‘prática narrativa porética’, intuída pelo próprio autor há mais de uma década, ‘abre caminho’ pela renúncia dos protocolos do poder literário. Propõe ‘a linguagem porética e umas estéticas da imperfeição e da estupidez, contributos possíveis para a compreensão de uma outra maneira de viver a escrita e o literário’ pós-modernos’. (p.88)
Não há história. Porque a experiência histórica afronta-se pela temporalidade pós-moderna introduzida pela ‘heteronímia vertical’ (Carvalho) de ‘petits récits’ (Lyotard).
Não há género ou estilo. Porque, entre outras coisas, se privilegia a explosão léxical, a fracturação híbrida, a hesitação (Kierkegaard), o contorno aproximativo (Rorty), o desvelamento catacrético (Derrida), um conteúdo e espaço-tempo reticulares...
Há sim, uma ‘estética da estupidez’ defronte a um real inespelhável; e uma ‘estética da imperfeição’ (Stevens) sem as ilusões do perpetuado decoro estético.
Não há narrador ou autor. Porque se aceitou a desmistificação da autoridade do artista-escritor romântico e da falsa autenticidade. Basta a este ‘escrevedor’ ser um homem, que mediocremente escreve a vida taquigraficamente num screen que lhe recusa palavras e apaga o texto. Sem outro propósito que não o terapêutico para a solidão e o terror da morte, na carne de um corpo que sofre entregue ao desconhecido.
Mas ao trazer a vida do seu ser individual à escrita, questiona a sua própria práxis linguística, e, num sentido mais lato, problematiza a relação homem-língua-escrita”.
iv./
Desde o início dos anos 2000 recebi diversos livros gentilmente me enviados pelo António, como e.g. o “Mediocridade”, etc. E, em 2005, contribui com outros académicos para colóquio organizado na Biblioteca Silva Peixoto na Póvoa do Varzim, com o explicito titulo “O Fim da Poética e o começo da Porética”.
Por entre os milhares de livros da minha biblioteca armazenada numa garagem, procurei o saudoso “Que estupidez”.
Encontro-o com um envelope da Aquário editora, com apartado nº3 em Sintra. Ao abri-lo encontro uma dedicatória manuscrita “Para o Gonçalo Furtado, com um grande abraço de amizade do Silva carvalho”. Comove-me. Na página 7: “Ao meu pai”. E, a partir daí, prosseguem os 86 capítulos integrantes do livro, sublinhados/anotados, a bic e não a lápis… mas respeitosamente, dada a leveza do traço e o facto de bem saber sempre usar bics e não lápis.
Algures perto, encontro a impressão de um email seu de 4 abril 2005: “Para confirmar que o coloquio será no dia 6 de maio começará às duas e meia. Já enviei um outro exemplar para a Figueira da Foz do último livro. Se tiveres perguntas a fazer, por favor apita. Um grande abraço”.
Por fim, encontro 2 folhas pautadas com um carimbo da faculdade onde ainda leciono, manuscritas com tópicos para a minha comunicação oral sobre no colóquio.
Consigo-as parcialmente decifrar e esforço-me por tentar voltar a ordenar/articular. Partilho pois:
“S.C. / escrvinhar sobre organismos efémeros em paisagens imensas.
Voz – Instituição poesia. (Tocar, olhar). Conheci, debate [?] transdisciplinar, Discoteca de Lisboa. Medicina - … Tras [?]. Leitor – EUA vida - / Sintra. – / efemeridade. Espaços, escrvinha ser-vivo. / Paisagem imensa. Casa. Interno [?] organismo – Morte.
N. Caracterizar prática, ‘escrvinhar’ – Muito para lá do pósmodernismo. / Abertura [Umberto] eco. Morte do autor.
Como arquitecto – Tectónica do seu pensamento - método.
- explicitação POReTISMO (96) -
Influencia que supera – Limite[s?] Desconstrução - / Consciência pósmoderna [da] incomensurabilidade. / - Volatilidade [do] signo – Comunicação. Trabalho [nas[ margens. Sobre autor [-] assinatura.
Caminho. – Ausente. – Desconstrução + Act[o?] – método – (Revela-se inevitabilidade [de] escrever ).
Possibilidade de abertura. – Fronteira. – (Margem – espaço [na[ página).
Estética Provisória [;] não idealista). – Imperfeita?
Inventa. Efeitos [? na] língua [?] – Problematiza. / (Protocolo [do] poder literário). – Relação homem-língua-escrita.. Fusão [? de] opostos. (Autorizado-reproduzido na paisagem. Língua [?]-escrita. – Reprimida. Subterrânea.
Que estupidez.
espaços- mortalidade [da] vida [de] Silva carvalho.. / Quotidiano da vida. Literário, acto de escrever.
Como em todos [os outros] livros que generosamente chegam por correio em momentos inesperados, surpresa amizade a que não posso senão retribuir./ Não história. (espaços a-históricos). Não género-estilo – espaço rizoma – Hibridez – Catacrese. Não há autor-narrador – escrvinhador em terapia para solidão. Terror [da] vida-morte. Não há leitor – ele e´ o próprio outro.
eFeMRIDADe [?] eSCRITA – VIDA -» Tectónica. / Paisagens (estrada-piscina). [Básico ?] corpo. Objectos (Lgus?, futton). Presença/olhar [apaziguador] da mulher. / Sentimentos amor-ódio [; sobre a] doença [;] Suicídio. eSpaço literário – Filosofia (Música, gastronomia).
Só habita - este homem [;] ocorre [na] escrita. (*Não nos confere autoridade [;] Silva Carvalho).
Grande humanismo (que critica) [-] Atopia [?] (a totalitarismo) civilizacional. -» Mundo abstração metalinguística – Que e’ habitar sua escrita. -» Consciente que não ´escrito[?,] que o transforma.
Quem habita [?] a vida ( [porque ?] inscritos que por nós falam. Poder literário que resiste [construído?] / (espaço efemero tectónico). -» - e´ possibilidade Derridarina [,] habitar tempo que ficciona sobre liberdade [da] nossa fala.” (in: GF, Notas do autor, ca.2005)./
Numa 2º folha, anotei mais sinteticamente e com outro instrumento no decorrer do colóquio:
“escrivinhar sobre organismo efemeros em paisagens imnsas.
efemridade do organismo sobre a paisagm imensa e suas ideias.
- A tua voz no espaço da instituição-poesia, e os espaços em que escrivinha a sua vida.
(Voz - desconstrução / p[or] poretica vs pós-modernismo.
* A voz, mão, olhar de Siva Carvalho.
* A efmeridade do organismo.
* A morte.
- espaços descreve a vida (vs o interior orgânico) (Morte).
-Paisagm. / - S.C.”
(in: GF, Notas do autor, ca.2005)./
A 7 de Maio 2005, após o colóquio, escrevri-lhe a pretexto desse evento: “Caro amigo escrivinhador perético Silva Carvalho. Disfrutei muito a tarde de ontem em redor da tua obra. Queria telefonar-te a desejar-te boa viagem de regresso a Sintra, mas só tenho o teu telefone fixo. Espero que meus comentários de ontem para os 20 minutos que sugeriras tenham correspondido ao pretendido, apesar do meu cansaço e de que não previa nem pretendi encaixar-me de forma académica.
Aproveito para te escrever um comentário que pensava agora... gostei mesmo muito da comunicação do Frias Martins que me pareceu a mais inteligentemente focada na tua obra (penso que algumas abordagens pecavam por focarem a tua obra demasiado sobre as filiações-matrizes de cada critico, frequentemente alheias as referencias pós-modernas em que tu próprio incluis o teu trabalho) e também a mais honestada e generosamente propositiva. Penso que os comentários finais que emitiu sobre o futuro da tua obra, reflectiam atender ´com acutilância a´ esfericidade da tua obra-vida, as características do teu acto enquanto escritor-homem e do tenso relacionamento que deverias persistir em manter com a instituição literária. Como ele, também penso que não há nada de paradoxal na tua massiva e anti antológica produção, na tua paradoxal dialética de afrontamento e reclamo de prestigio, etc Essas são precisamente algumas das características motrizes daquilo que escreves e que tenho tido o privilégio de constatar em cada livro que me envias: um problematizar esteticamente conceptual e complexo da vida que ocorre no literário e do literário que te marca a vida.
Deixo um grande abraço amigo, cumprimentos teus, e ficarei sempre aguardado noticias tuas”./
v.
Antes de se avançar para a leitura do presente livro – para que acedi escrever a presente introdução a pedido de esposa do seu autor – gostaríamos de partilhar algumas breves comunicações pessoais que íamos trocando no período das seguintes duas décadas que se seguiram no presente século XXI. Metodologicamente pautando-nos pelo defendido pelo António, isto é, da escrita ser uma reprodução real do vivido.
Revisito pois a minha caixa de correio eletrónico, e deparo-me - com nostalgia e muitos sorrisos - com diversos emails trocados, designadamente após o meu regresso de Londres onde residi entre 2004-2007. Datado de 7 de maio de 2005, encontro postado no meu blog uma mensagem ao António. Entre 2008 a 2012, noto que prosseguem os desejos de boas festas, convites, e demais. E em correspondência com o início de numa nova fase da vida e década, escrevia-lhe por exemplo em 23.1.2012: “Estimado amigo. Anexo convite para festejarmos o 1º aniversário (26 Janeiro) do meu filhote em Coimbra. Ficaria feliz se viesses. Abraço, Gonçalo Furtado”. O mesmo prosseguiu pelos anos que se seguiram. Sendo que noto que mesmo na banal troca dos habituais desejos de boas festas, não deixam de emergir sempre detalhes concernentes ao foro literário. Por exemplo a 3.1.2016 responde a email do dia anterior: “Caro Gonçalo, Boas festas também para ti e para os teus. Só te queria dizer que, outro dia, relendo o texto que escreveste para uma contracapa de um livro meu, pensei que te teria de dizer que estava e está muito bom. Não sei se te agradeci na altura. Agradeço-te agora. Um abraço, Silva Carvalho”.
Também mais tarde, na década que se iniciaria, prosseguem em emails as referência á sua obra literária - do autor Silva Carvallho -, por entre desejos de saúde: 21.8.2020: “Caro Gonçalo, Espero que tu e a família estejam de boa saúde. Lembrei-me de ti porque ando a colocar alguns vídeos no youtube, de leituras que faço dos meus textos e dos vários livros que escrevi. Se tiveres tempo, dá uma olhada (…). Aparecer-te-ão uns noventa e tal vídeos numa lista. (…). Um grande abraço e saúde, António”. Sendo que o último email do conjunto de comunicações aqui partilhadas e datado de 31.5.2023, acresce a nossa omnipresente referencialidade à vivencia artística e literária. “Caro Gonçalo, Espero que tudo corra bem. Infelizmente estou já velho demais para poder deslocar-me a Coimbra. Ultimamente tenho-me interessado pelas artes plásticas, devido sem dúvida â obra do meu irmão(…). Não sei se ainda te enleva o contacto com a literatura, mas caso queiras ler alguns dos meus livros, terei todo o prazer de te enviar (…). Poderás sempre ir ao Youtube e procurares na ‘porética silva carvalho’ uns 104 vídeos onde me dou ao trabalho de ler alguns textos dos vários livros publicados e a publicar, que são legião. Permite-me que te envie dois textos mais ou menos teóricos sobre a porética. Vão em anexo. Foi um prazer ter notícias tuas. Diz qualquer coisa. Silva Carvalho”./
vii.
Silva Carvalho veio a falecer um par de anos depois, distando actualmente pacas semanas, tal tendo ocorrido a 8 de julho 2025.
Na pagela do seu funeral selecionou-se para figurar uma referência à “linguagem porética”. Essa alude ao entendimento pelo escritor de uma cultura ocidental contemporânea ao autor marcada pelos recentes crises e conflitos, socioculturais, económicas, pandémicos, e incluso bélicos. Presente onde não só é generosidade e responsabilidade do escritor partilhar a sua atenção á realidade, como a de existir abrindo os caminhos que sempre nos aguardam como frágeis seres humanos na imensidão com que nos surge o hoje. - “Eu procuro abrir caminho e existir, não só como escrevedor mas também como ser humano, através da crise e ausência e valores (e não só poéticos( que caracteriza a cultura ocidental de hoje…”. (vd. “A linagugem porética” – Catacreses – entrevista em página 73)./
A 13 de julho Maria Emanuel Teles de Menezes (Nené(, teve a amabilidade de me escrever após um “momento, triste pela brutalidade da dor”, e em que momentaneamente não podemos senão protelar o “(re)enfrentar a realidade”.
Como escrevi nesse dia - desde a Biblioteca Municipal de Coimbra onde me deslocara - o escritor apenas “ausentou-se, fisicamente, porque permanece (…) para sempre, as suas ideias, visões, sentimentos e palavras”. E, a 16 julho, “a obra está publicada (…)”./
Reproduzindo as palavras da própria Menezes a 17 de julho, “A Linguagem Porética irá ser compreendida, entendida e assimilada pelos críticos literários que rodam no carrossel crítico-literário neste portugal dos pequeninos”.
Tão bem a percebo.
Mais, sendo que a 21 e 23 de agosto 2025, não deixa de me confidenciar “Aqui (…), só há intelectuais, (…) não aceitam (ou não querem entender) uma nova leitura literária. O caminho é vertical e piramidal - mantém os seus lugares de professores (alguns já aposentados) mas saltam para outros lugares - presidentes de associações literárias, detém o controlo das editores que só se interessam por patrocinadores (…)“.
“encontrei aqui um papel escrito pelo António com os nomes de 5 individualidades, (…), a quem ele queria enviar ‘A Linguagem Porética’, (…) - após os nomes, escreveu ‘Dedicatórias’ - mas não teve tempo de as escrever…”./
Mais certo é que, (um)a linguagem porética, está e permanecerá para sempre presente na vastíssima e palavras escritas que para sempre cristalizaram “o tempo de as escrever”.
Ao longo dos últimos dias, e volvidas apenas pacas semanas do falecimento do escritor Silva Carvalho, com comovente entrega, Mané continua a divulgar – da eminente Feira do livro ao trabalho com preparação de futuros livros - a obra de António Silva Carvalho. Estou certo que para além das “individualidades”, sobretudo o leitor – qualquer leitor - que com este livro um dia contactar, lhe ficará grato, anónimo numa multidão e como outrora disse outro escritor. Recordo—me aqui de Walter Benjamim…
Ora, este livro de 1967, cujo prelo se prevê ocorre no ano de 2026, está - na minha humilde opinião - entre os mais significativos da obra deste escritor, e chega no momento do agora presente com 41 poemas./
viii.
Não por acaso, o livro Memórias do presente inicia-se com um excerto de ele Plaisir du Texte do estruturalista francês Roland Barthes, cujo impacto no autor foi já antes mencionado.
Alertou-nos o autor que, artista tido destruir a “arte, comprometida, histórica e socialmente”, pela sua “critica”, por “dedicar-se á escrevinhadela (…), tornar-se intelectual; ou deixar de escrever”… Uma descrição inadequada, porque ou cumina no “exterior” ou assunção dialética pela “vanguarda” em que há concordância estrutural entre as formas contestantes e contestadas”. Pelo que, “inversamente entendo por subversão subtil aquela que não se interessa pela destruição, procura um outro termo (…) inaudito”./
Nesta redição livro “Memória do Presente”, recordamo-nos como em 1967/68, já se registava características de Siva Carvalho na iminência da partida para o exilio em tai país de frança. Senão veja-se a seguinte sequência de passagens que captam a atenção e abaixo partilho;
No poema 26 confidencia – “Esta necessidade incoercível (…) de buscar um sentido (…) que proteja a vida do nada (…) depois do alvoroto de uma esperança vulpina abre-se um desânimo das horas insignificantes, a descoberta pungente de eu tudo fora inútil: de nada serve o conhecimento de outro homem (…)“;
No poema 34 – “A vida exauriu-me em estático, estagnou a minha raiva de ser! Devia possuir o poder ingente de estancar o tempo para fazer um inventário do existente plausível, do pretérito cotenho um nducente á minha dúbia perquisição, do actual, fautor de um mascavado e precário futuro”;
No poema 27 – “Se pudesse fugir ao que me consome e dói, levar comigo todos os complexos indizíveis (…) Sim, era isso,, gostaria de poder ser uma utopia, e andar de mente em mente sucessivas gerações!”./
No poema 30 – “(...) a educação foi um dever da família: o transformar do homem num cordeiro andróide”;
Do poema 21 – escrito na pequena cidade universitária de Coimbra, antro diria também de covis por entre a certas áreas profissionais - “Eu. O avezado às orgias averdungadas da imaginação, estremeço diante do inexorável falar dos números: cabe-me hoje a primeira representação do tirocínio. Visto o meu traje de luzes, enfrento uma estrelante noite de frio; chego pressuroso à República em festa: uns jovens homens ajaezados á praxe, uns copos pejados de icores fesceninos– “trago comigo esta ensoadíssima solidão e sofro o contágio tentacular da euforia apertado numa exígua sala de risos metálicos (…) Recebo o esmagar de palavras chave estereótipos. Auto-gestão, liberdade, problemática“, status quo (,,,( enquanto sibilina pirose avança implacavelmente, e o mefítico cheiro dos vómitos prandiais e outros se insinua na minha hiperestesia de sensações. Levantem-se os jovens, despedem-se os jovens, acabou a primeira das minhas representações”;
No poema 16 – “Discute-se o mesquinho problema cm o fervor de uma defesa da vida, abre-se polémicas sobre a acção e teoria de um irmão na morte, escrevem-se dúcteis palavras sobre os eventos efémeros, acusa-se, louva-se, concorda-se, discute-se, invectiva-se, e eu todos os dias espanto-me com a realidade circundante, com as frágeis eventualidades em que nos escoramos, com o ciclo inevitável da estação, da época, do estado, com o tudo que permanecerá incorrupto depois do nada”;
No poema 22 – “(…) Para poder mijar toda a minha dor? (…) prisioneiro do ambíguo tirocínio (…) à procura da melhor maneira de ser (…). Não me venhas dizer que a comunicação não existe (…) Se sou o que sou, deixai-me sê-lo intensamente (…). Eu basto-me”;
No poema 24 – “Eu, neste preciso momento, revivendo lúcido, o enquistado pela leitura de pilhas de livros”;
No poema 25 – 2ª senescência de um mundo tábido, será eu a minha poesia a não denúncia? (…) as horas estandartizadas pelo hábito conservador?”./
No poema 31 – “Hoje aconteceu o facto mais importante de toda a vida geográfica do meu corpo: cerceei a minha dionisíaca barba até á novidade, sendo apenas magnânimo com o indefeso bigode (…) Senão fossem os pelos implantados no rosto, o que seria de mim sem tão benéfico auxílio? (…) Hoje sou a pintura suave e verde de Modigliani, trago o bigode vincado na aridez do meu fáceis, duas rugas côncavas a estiolar a harmonia da cor, uns lábios belfos e vermelhos fesceninos de dor, uns olhos garços tauxiados na placidez do rosto. No coração sobressai o amarelo obeso de van Gogh, o sexo é um magento osso Daliano em convulsões, as pernas são devaneios matizados de Kandisnky, os braços dois cones azuis aplainados de Picasso”;
No poema 33 – “Tenho nas paredes do meu quarto, para disfarçar a nudez do branco, dez minúsculas reproduções baratas de seis pintores amados e magníficos. Quanto mais a fixo, mais me parecem diáfanas, pontos de partida para a linha imaginação: un nu verde de Modigliani a fazer amor travertino com um hórrido verme jenolim de Kandisnky; uma paisagem lútea de van Gogh a disfarçar a irritação de um Braque; o grotesco rosto da morte de um Goya a iluminar a amargura bordélica de um Lautrec”;
No poema 41 – “Amo o branco (…); o engulho alopécico da pop-art fosforescente no lado ígneo de um construtivismo danado (…) O hierático simplismo do fauvismo (segundo o critico)”./
No poema 28 – “a estridência verruma-me os sentidos embotados, o chiar dos pneus causa-me uma espécie de vertigem , o roncar dos eléctricos excita-me até à confusão. Correntes humanas roçam o meu corpo, o meu hálito, eu trago o olhar no último andar do maior prédio prospectando a subtileza que a aproximidade escamoteia. As vitrines reflectem uma grandeza que me amesquinha, por vezes a antecalva eu ameaça a minha fealdade, ou um corpo maciço de enxúndia e inépcia arfante”;
No poema 12 – “Não há países nem fronteiras: apenas a viagem, todos os dias, do norte ao sul, da alta à baixa, pelas mesmas ruas estáticas e suadas da cidade, ou, para variar por outras ruas diferentes (…). Mas a cidade que vivo tem tão poucas ruas para a sede de aventura diferente dos outros dias (…)”./
No poema 6 – “Que bom! Não ter absolutamente nada para dizer! As amorfas tardes deste café provinciano são maravilhosas para a digestão do enfado (…). Ah hei-de escrever um poema ao quotidiano, um poema todo indo, amaneirado (…) com tão faustoso, tão desnecessário (…). As aventuras são raras, excepcionais, (( nos meus insuportáveis tédios (…)”;
No poema 36 – “Adoro acalmia, o sossego brando, (…) o repasto da memória, o aboletar da infância, o suspiro do presente. É preciso dizer, convicto, as pequenas e as grandes coisas, porque são necessárias palavras (…). É preciso dizer todas as coisas, a amargura do sofrimento, a leveza da alegria, o mussitar da nostalgia, a ânsia de um futuro. Falar dos recentes homens, dos problemas, das ambições, das ilusões que vivem o mundo. Tendo receio de não saber tudo, de não puder ajudar dos homens… (…) Estou só, completamente só, é inverno á fora, nas ruas desoladas da cidade, é calor suado nestas paredes protectoras. (…). Depois, é tudo o que conheces: os dias acorrentados aos dias, pequenas rímulas de alegria, silentes momentos de tristura. (…) Não importa! É preciso dizer as coisas com a ajuda das palavras (…). É preciso, sobretudo, a coragem de dizer as coisas: elas fazem parte do que eu sou”./
No poema 15 – “O homem (…) compreendeu que tinha de destruir todo o léxico moral exaurido e, a partir da realidade que o coarcta até ao paroxismo, inventar novos valores fundados na vida hodierna do quotidiano, sofrendo um árduo avantar para uma possível sobrevivência”;
E, atenda-se, que logo no consciente poema 1 - “Não sei como poetizar a vida, transfigurar o real em algo paradisíaco”;
No poema 18 – “(…) viver a fazer amor com as palavras inexauríveis, a morigerar a realidade eivada de lúrido obsoleto, a circundar as ideias que se avolumam no meu cérebro (…), a esgaçar preconceitos com a tesoura do pensamento, a curtir o espaço e o tempo (…) intensamente, até ao cerne vivo da minha essência”;
No poema 37 – “Como vês, tudo é mais fácil quando temos o resíduo da vida nos bolsos uteis, basta só dispô-lo no gume mágico de uma frase dispersa. (…) Tudo é acessível á poesia, desde que se encontre a palavra exacta (…). É preciso recriar, escorar no verdadeiro o futuro dos mundos”./
No poema 38 – “Trago o vilipêndio do eu fui vinculado ao vergão do meu tempo, agora sou eu quem usufrui a alegria de um breve momento”;
No poema 20 – “Também a tua saúde te provoca o mito da morte (…)“;
No poema 32 – “Daqui a um asso momento, a uma feérica hora intrusa, já nem sei se existirei! Condição humana! (…) Merda à fatídica decisão do tempo!”;
Bem como, num poema 8 - “A morte deveria ser a decomposição (,,,( para que o homem se pudesse habituar á ideia plena da morte e do morrer (,,,( Parece-me tão inútil e sóbrio (…) como dizer muito simplesmente eu vivi Mas talvez tudo seja mais fácil (…). Ou eu gostaria de ser o último dos últimos, de ficar só na guerra, para poder dizer. Vi tudo e tudo foi pouco para a ânsia de ver!”/
Assim é Silva Carvalho, um “escrever no presente”.
Chega a si, senhor leitor, experiência da existência do “escrevinhador” porético./
GF (Agosto-Outubro 2025)
10/4/25
a propósito da proposta de revisão simplificado do plano de estudos do miarq da faup (Gonçalo Furtado, Porto, 1 outubro 2025)
"Dúvidas não restam que a proposta apresentada, na nossa opinião, carece de necessária reflexão, padece da ausência de mínima fundamentação científico-pedagógica, abertura à participação e usufruto da experiência passada . Ao contrário do fantasiado na sua paca introdução, tal proposta nada viria a “reforçar a coerência”, e seguramente menos, uma qualquer 'continuidade científica e pedagógica da escola'.
Antes promoveria uma (in)volução inadaptada à contemporaneidade e futuro, dado as condições deficitárias que propõe para o ensino do projecto, a sobrevalorização de conteúdos historicistas, e a obliteração... de conteúdos críticos consolidados ...na coluna das Teorias.
E, assim e a montante, minimizaria a potencialidade de presença disciplinar/institucional e de interventividade crítica no nosso território bem como no contexto sócio-cultural contemporâneo".
(Gonçalo Furtado, Porto, 1 outubro 2025)
Jury Member at the EUGLOH
Jury Member at the EUGLOH
Annual Student Research Conference 2025,
24 October 2025, new Abel Salazar Building, Porto-Portugal
* running in parallel with the EUGLOH Annual Summit
10/2/25
10/1/25
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