2/28/09

... ESPAÇO URBANO

Gonçalo Furtado, “Estruturação e suportes da produção de espaço urbano”, in: Dédalo, Nº5 [Centripetação], Fevereiro 2009, p. 112-127

2/24/09

Architecture at IJUP 2009

Paralell Oral Sessions VI
A1 - Architecture



Manuel Estêvão Dias Ferreira, “Norma e Desvio no Desenho do Projecto: A Hipótese de uma Retórica da Imagem na Arquitectura”

A.Lei Oliveira and G. Furtado, “Portuguese Architectural Publications: Spaces of Contamination and (Re)procution”

Marta Oliveira, “The Relationship Between Architecture and Scenography”

A.S.F. Santos, “The Artistic Intervention as a Way of Questioning Experiences of Living in Public Space”

Catarina Marques and Rui Ramos, “Lilong: The Architectural Style of Shangai, a Reference for Contemporary Architecture”

Pedro Levi Bismarck, “Spacing ZYX 24: Ethos, Aletheia, Porous, Poiesis”



POSTERS
(25th-27th February 2009)

Eugénio Cardoso and Gonçalo Furtado, “Architecture in Portuguese Culture Space
Analysing the Contribution of Eduardo Prado Coelho”

L. Moreira, “Structures of Project and Architecture Profession”

G. Sepúlveda, “The Diagram: Current Uses and Potential for a Generative Process”

J. P. Tenreiro, “The ODAM group”

Bruno Peixoto and Rui Ramos, “Ways for an Architectural Practice: Os Grandes Armazéns Nascimento in Oporto”

Sílvia Ramos, “Ideas, plans and urban projects.Cordoaria,Porto”

A. Martins, D. Pacheco, E. Vieira, G. Alizzi, I. Sousa, J. Coelho, “MELGAÇO - defesa e morfologia urbana”

Tatiana Nunes Trindade, Gonçalo M Furtado C Lopes and Miguel Serra, “Spatial and Functional Analysis of a UP’S Faculty and its Surrounding Área: A Space Syntax approach”

L.Pereira, “AGORA 4D:Urban Simulation and Public Participation
based on Virtual Environments and Web 2.0”

IJUP 2009

IJUP 09: 2ND MEETING OF YOUNG RESEARCHERS OF U. OPORTO
(FAUP, 25-27 February 2009).

ORAL SESSIONS (25th February 2009)

Paralell Oral Session I
A1 - Electronics
A2 - Communication Sciences 1
A3 - Pharmacology

Paralell Oral Session II
A1 - Software, Electronics & Physics
A2 - Communication Sciences 2
A3 - Medical Sciences

Paralell Oral Session III
A1 - Networks
A2 - Chemistry
A3 - Neurosciences 1

ORAL SESSIONS (26th February 2009)

Paralell Oral Sessions IV
A1- Materials &Technology Design
A2 - Communication Sciences 3
A3 - Medical Sciences 2

Paralell Oral Sessions V
A1 - Agronomy and Environment
A2 - Communication Sciences 4
A3 - Sport Sciences

Paralell Oral Sessions VI
A1 - Architecture
A2 - Biological Sciences
A3 - Pessychology & Educational Sciences 1

Paralell Oral Sessions VII
A1 - Art & Design
A2 - Biological Sciences 2
A 3 - Pesychology & Educational Sciences 2

ORAL SESSIONS (26th February 2009)

Paralell Oral Sessions VIII
A1 - Chemical Engineering & Materials
A2 - Humanities
A3 - Social Sciences

POSTERS (25th-27th February 2009)

2/18/09

CENTRIPETAÇÃO


“Dédalo 05” / “Centripetação”
25 Fevereiro 2009 - 17h,
Café Galerias de Paris

Mesa Redonda com: Gonçalo Furtado, José Albuquerque, Nuno Grande, Nuno Valentim (Moderação Carlos Azevedo).

Inclui Lançamento de Revista e Divulgação dos vencedores do concurso Cobertura da Galeria de Paris.

...Uma Determinada Invisibilidade da Arquitectura

"[... Gonçalo Furtado]: É importante revitalizar uma certa dimensão projectual realista que, com considerável frequência, existe nas arquitecturas radicais?
[Juan Herreros]: Sim. Partilho da tua visão sobre Price, muito arquitectónica. Foi uma personagem que renunciou às práticas convencionais mas não no sentido de se converter numa personagem utópica à margem da prática
[Gonçalo Furtado]: A sua obra é um questionar de convenções, que não prescinde da capacidade de poder ser actualizada/aplicada.
[Juan Herreros]: Creio que é um grande questionador de convenções, mas que questiona a partir da prática. [...] Eu creio que ele tem um valor extraordinário, nomeadamente de permanecer simultaneamente enquanto observador e protagonista; como alguém que é ao mesmo tempo parte e narrador do sistema.
[Gonçalo Furtado]: Era um sonhador que construía sonhos, sonhos que raramente acabaram materializados em edifícios, mas sonhos pragmaticamente delineados a partir de elementos da realidade.[...]"

in: Gonçalo Furtado e Juan Herreros [Entrevista], “Conversa em Londres com Juan Herreros: Fascinados por uma Determinada Invisibilidade da Arquitectura”, in: Arq./a, Fevereiro 2009, p.76-76

2/10/09

ARTIGO SOBRE CAC POR JOSE PEDRO SOUSA

DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DA ARQUITECTURA
Por José Pedro Sousa (Outubro, 2008)


A Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto acolheu recentemente o evento “Contemporary Architectural Challenges 2008: Conception, Production and Performance”. Organizado pelos Professores Rui Póvoas e Gonçalo Furtado, esta iniciativa singular envolveu um conjunto de conferências, exposições e workshop em volta de alguns dos mais importantes desafios que se colocam hoje à disciplina. Neste evento, o impacto das tecnologias digitais foi um dos temas centrais, comprovando o interesse crescente nesta área que se verifica hoje em Portugal, [...]

Comissariado pelos Professores Rui Póvoas e Gonçalo Furtado, realizou-se no passado mês de Setembro na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto o evento “Contemporary Architectural Challenges 2008” (CAC2008), que procurou reflectir sobre os “desafios enfrentados pelo projecto e construção de sistemas arquitectónicos face ao actual contexto tecno-cultural da Sociedade da Informação”. Sucedendo-se a outras iniciativas passadas organizadas por Furtado, como o encontro Arquitectura e Sociedade da Informação (FAUP, 2004) e Tracing Portugal (AA, 2004), este evento referenciou-se a três vertentes da disciplina –Concepção, Produção e Performance- para gerar um debate que contribuísse para o esclarecimento e questões tais “como se caracteriza o impacto das tecnologias de informação e comunicação na disciplina?”, “verifica-se sustentabilidade nas actuais abordagens arquitectónicas?” ou “como lidar com os correntes fenómenos da complexidade e do emergente?”. Para este efeito, organizaram-se quatro iniciativas paralelas -um ciclo de conferências e mesas redondas, duas exposições e um workshop prático- que em seguida se descrevem sucintamente.

Refira-se ainda que este evento se sucedeu a uma sessão de homenagem ao Prof.Fernando
Lisboa da FAUP, realizada a 1 de Julho de 2008, que foi uma das pessoas pioneiras em
Portugal a pensar e a ensinar sobre o uso do digital em arquitectura, tendo deixado um original e valioso conjunto de reflexões e publicações sobre essa temática.

Encontro de Conferências e Mesas Redondas.
Sob o nome do próprio evento, realizou-se um ciclo de conferências e mesas redondas que trouxeram à FAUP um vasto conjunto de docentes, investigadores, profissionais e críticos nacionais e internacionais, provenientes de diversas áreas disciplinares como a arquitectura, urbanismo, arte, design, engenharia, ciências da computação, robótica, história ou filosofia. Entre os participantes, contaram-se alguns nomes internacionais sonantes como os teóricos Josep Maria Montaner (ETSAB, Espanha) e Neil Leach (Brighton University), o vice-dean do RPI, Ted Krueger (RPI, USA) ou a comissária de arte Jasia Reischardt (UK). Idealizado por Gonçalo Furtado e Rui Póvoas, o formato destas sessões consistiu em grupos de comunicações individuais curtas seguidos de uma mesa-redonda de discussão entre os oradores, mas aberta à participação publica. A finalizar cada dia realizou-se uma conferência principal de maior duração. Os sub-temas que organizaram os vários agrupamentos foram: “Perspectivas no Ensino e na Investigação”, “Concepção e Produção” e “Concepção e Performance”.

Entre as várias perspectivas e experiências que se cruzaram, podem-se destacar algumas referências importantes. Por um lado, e como se pode verificar pela conferencia de Neil Leach,o campo de exploração de projecto na arquitectura contemporânea atravessa um período de grande liberdade formal e material, que já nao acontece somente nos países mais avançados. Da América Latina à Ásia, encontram-se múltiplos exemplos práticos que revelam um interesse crescente na exploração de novas possibilidades de projecto abertas pelo uso de processos digitais avançados. Vista à escala global, esta constatação configura uma espécie de tendência e debate geral que, salvo raras excepções, nao têm sido acompanhada em Portugal. Por outro lado, foi possível constatar pelas comunicações nacionais que se atravessa um período de viragem que promete desenvolvimentos próximos significativos neste campo, tanto ao nível prático como do ensino da arquitectura.Paralelamente, foi possível constatar a familiaridade que outras áreas em Portugal, como a engenharia, detém com as tecnologias e processos digitais, pelo que se estimula o intercâmbio disciplinar com a arquitectura, os seus profissionais e as suas escolas.

EXPOSIÇÃO “Cedric Price’s Generator: The Frazers’ Collection“Comissariada pelos Professores Gonçalo Furtado e Rui Póvoas, esta exposição trouxe pela primeira vez a público um conjunto de desenhos relativos a um projecto enigmático do arquitecto britânico Cedric Price chamado “The Generator”, os quais têm estado à guarda da família Frazer. Conhecido pelo seu envolvimento no grupo Archigram, Cedric Price desenvolveu este trabalho entre 1976 e 1079, procurando integrar preocupações avançadas de projecto que pudessem lidar com situações dinâmicas de fluxos e actividades variáveis. Por este motivo, e pela contribuição de investigações tecnológicas dos Fraser, esse projecto chegou a ser denominado como o “primeiro edifício inteligente”. A pesquisa e selecção subjacente a esta amostra realizada no museu da FAUP resulta do trabalho de doutoramento que Furtado desenvolveu na UCL em Londres, tendo sido estruturada e contextualizada para
esta iniciativa por ambos os comissários.

EXPOSIÇÃO “Inserting New Technologies in Undergraduate Architectural Curriculum: A
Case Study”
Comissariada pelo Professor José Pinto Duarte, esta exposição apresenta um conjunto de trabalhos práticos realizados em ambiente académico, no âmbito de cursos de licenciatura em arquitectura em Portugal. Através de um conjunto de desenhos, maquetas e protótipos produzidos digitalmente, constatam-se diferentes possibilidades de exploração de ferramentas digitais em arquitectura, desde a representação à construção, que o autor tem vindo a desenvolver de forma inovadora nas cadeiras que lecciona. Segundo José Pinto Duarte, “essas ferramentas abrangem 3 cursos e laboratórios com modelação geométrica avançada, prototipagem rápida, realidade virtual e equipamento de colaboração remota. O objectivo imediato foi o de montar um “virtual design studio” que potenciasse o pensamento criativo de projecto. O derradeiro objectivo foi o de preencher o critério de satisfação individual, aquisição de capacidades profissionais especializadas e a contribuição para o desenvolvimento económico da sociedade que deve estar subjacente à educação
universitária.” Neste contexto, esta mostra revelou-se uma oportunidade para verificar uma abordagem pioneira ao nível do ensino com novas tecnologias em Portugal, a qual tem servido de base para o estabelecimento de relações próximas da universidade com a indústria nacional, e para uma exposição internacional, através da divulgação regular dos trabalhos realizados.

WORKSHOP “Projectar e Construir Geometrias Complexas”
Com uma duração de 3 dias, este Workshop ministrado pelo estúdio de arquitectura ReD,
Research+Design dedicou-se ao ensino e experimentação prática de processos avançados de projecto e fabrico assistidos por computador. Com uma duração de 3 dias, o autor deste texto, auxiliado por Luís de Sousa e Artur Fontinha, orientou um conjunto de 24 estudantes e profissionais ligados à arquitectura no desenvolvimento de um trabalho prático conciso e ilustrativo das novas oportunidades que se abrem na disciplina através do uso intensivo de estratégicas técnicas digitais. Com este objectivo, propôs-se o desafio de pensar, projectar e construir geometrias curvas em arquitectura. A natureza formal desta experiência nao pretendeu representar nenhuma tendência arquitectónica mas sim, colocar os participantes perante um desafio conceptual e tecnicamente crítico com o qual pudessem perceber claramente como o digital pode expandir o universo de possibilidades de projecto. Pedagogicamente foram apresentados e discutidos três casos de estudo práticos da arquitectura contemporânea, que serviram de referência para possíveis aplicações dos processos e técnicas investigadas. Com o apoio da empresa Paraglobal, os trabalhos foram realizados utilizando o software de modelação geométrica avançada Rhinoceros, tendo sido fabricados digitalmente através de processo de corte CNC (controlado numericamente por computador) efectuado pela empresa FeyoDesign. Deste modo, os projectos apresentados em exposição pública através de cartazes e maquetas, foram demonstrativos de uma utilização transversal do computador, desde a concepção à construção. Apesar da curta duração desta iniciativa, e dos participantes se estarem a iniciar nestes processos, a complexidade do resultado formal e material alcançado nas propostas tornou evidente a contribuição do computador para a inovação, uma vez que seria muito difícil de poderem ser idealizadas, controladas e executadas recorrendo a processos de projecto e fabrico convencionais.

2/9/09

MIPA - FAUP

Mestrado em Metodologias de Intervenção no Património
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

Proposta de temas para dissertação feita pelo docente Gonçalo Furtado:
- Cultura Urbana e Intervenção Projectual;
- Memória vs Intervenção Projectual vs Tematização;
- Regeneração e Indústrias Criativas;
- Simulações Info-gráficas.

2/5/09

JOSEP MARIA MONTANER

Gonçalo Furtado e Josep Montaner [entrevistado], “Josep Maria Montaner: O mistério do silêncio da Arquitectura”, in: Arq/a,Janeiro 2009, p.74-76.

"
[GF] A historiografia crítica de Tafuri debate a arquitectura como uma disciplina “muda”, a falência das vanguardas e a questão da autonomia. Paralelamente recordo toda uma escola Italiana Veneziana e Milaneza proto pós-moderna (que colapsará mais tarde com o pós-estruturalismo), que pega nesse manancial da memória, da linguagem e cultura arquitectónica, com vista a procurar um vocabulário que permitisse à arquitectura poder voltar a comunicar com a sociedade após a abstracção da linguagem moderna. Acreditava-se assegurar por essa via uma possibilidade de actuação na sociedade pelo arquitecto…
[JM] Sim, o que tu dizes levanta muitas questões. Desde logo, a questão da arquitectura como linguagem e com capacidade comunicativa (via semiótica e estruturalismo). Manfredo Tafuri parte da problematização desta possibilidade e Peter Eisenman completa-a negando tal possibilidade. A Itália aglutinou a evolução teórica deste projecto crítico, detrás da forte cultura italiana dos anos 1950-70s que inclui Ernesto Nathan Rogers e seus discípulos (Aldo Rossi, Manfredo Tafuri, Giancarlo de Carlo, Giorgio Grassi, Carlo Aymonino, etc); e houve esta confiança (ex: Rossi ou Grassi) de que haveria esta linguagem e vocabulário. (Neste nó da cultura Italiana, há ainda toda uma linha de evolução Romana e mais internacional com Bruno Zevi e o Organicismo, que possuiu uma influência transcendente como por ex: Lina Bo Bardi). Voltando à crítica tipológica, houve confiança de que se projectava desde este caudal de saber, a arquitectura redimira-se porque comunicava com a colectividade que identificaria esta linguagem. Na verdade, Rossi terminará auto-repetindo uma linguagem muito formalista, que trairá a sua teoria e que vai tirar força à sua aproximação nas últimas décadas. Grassi defenderá quase a arquitectura enquanto “natureza morta”, algo fechado em si mesmo, e que tudo já foi dito.
[GF] Após um século XX que indagou acerca de uma linguagem universal, concentrando-se em determinado momento nos problemas e possibilidades de comunicação da arquitectura, assistimos ao colapso com a Desconstrução (tanto carregada de niilismo como dos benefícios de reflectir sobre o papel da arquitectura na sociedade e status do arquitecto). Referias Eisenman que, no limite da crítica de Tafuri, negou essa possibilidade. Tratou-se de um abalo problemático e que comporta a necessidade de uma reflexão acerca do papel social da disciplina. Continuou-se a experimentar novas linguagens. Parece-me curioso que tal niilismo também coincida com uma tendência para o chamado “super-modernismo” das caixas de inspiração minimalista dos anos 1980s (ainda que não necessariamente neutras e silenciosas), para algum apogeu do high-tech, e para a disseminação da arquitectura da “big orange” em prole da globalização da esfera económico-cultural.
"

2/3/09

A IDEIA DE UM FORUM DIGITAL: Resposta a Fernando Lisboa.

IDEIA DE UMA FÓRUM DIGITAL SOBRE PROJECTO
(Gonçalo Furtado a Fernando Lisboa, Outubro de 2000)
LISBOA
“(…) Em resposta ao seu e-mail e em relação à conceptualização de um ‘Fórum digital’,
a nossa conversa ao jantar clarificou a sequência de e-mails que trocámos.
TEMÁTICA
O fórum parece-me neste momento claro como um local de reflexão em volta do ‘Projecto’. Projecto em sentido lato, (…) dado que o sistema ‘arquitectura’ é já imperativamente um território por definição elástico e permeável, à semelhança de qualquer pensamento coerente com a sua condição pós-moderna, isto é, não linear (…).
ANTE - PROGRAMA
O fórum seria pois um lugar trans-diciplinar ‘em construção’; mas este, na sua base (e de forma a assegurar a sua vitalidade-sustentabilidade futura), não pode prescindir de uma definição clara do seu pressuposto - uma espécie de ‘Ante-programa’. (Ou seja, a meu ver, enunciar o conceito de ‘projecto’, por si só, não colmata esta necessidade. (…) Elaborar um discurso ainda que sumário acerca da temática, dos pressupostos, e dos propósitos do fórum, torna-se desde já necessário (…) ).
Parece-me ainda que uma sub-organização em “Projecto” e “Objecto” era produtiva para o estabelecimento de uma base.
ANTE - ORGANIGRAMA
Se um fórum na rede se define enquanto lugar de pensamento colectivo, (um “cérebro colectivo” para Kerckove), tal não prescinde da definição de uma estrutura base, ainda que permanentemente aberta, sobre o qual o edificar. Leia-se, e como discutimos no jantar, uma estrutura aberta incluso do ponto de vista técnico. Isto é, que se socorra de um sistema técnico (equipamento, programação, etc) não necessariamente complexo, e cuja gestão-control-manutenção prescinda do nosso envolvimento, em prole de uma participação sinergética em equipa. Utilizar o Laboratório por si dirigido, parece como sugeriu resolver desde logo esta questão técnica. Mas, como aludi, nenhuma instalação se constrói sem um projecto. E antes de um projecto, um programa (questão para que espontaneamente a nossa conversa a-sincrónica se tem dirigido). E se um dos conteúdos de um programa é a definição precisa das suas áreas / actividades; eu imaginaria um organigrama, em que núcleos e ligações pouco significassem; senão um estado preciso de re-organização temporariamente estável em dado momento.
(No entanto, como o momento zero do fórum ainda não ocorreu, podemos então realizar o exercício de definir o estado em que arrancará; e, pelo menos o imaginar. Projectar.)
A estrutura de qualquer fórum, como bem defende, deveria basear-se em suportes (fomentos?) da reflexão - a actividade é o debate. Portanto poder-se-ia ter um fórum propriamente dito, por ‘e-mail’ a-sincrónico, mas igualmente um ‘chat’ sincrónico. (O desenvolvimento de actividades de grupo propriamente ditas - supostamente qualquer que fosse - poderia suscitar o encontro em locais físicos.)
Paralelamente ao desenvolvimento de uma (por vezes várias) discussão colectiva e plural no fórum; qualquer dos membros poderia aprofundar posições-linhas variadas, redigindo papers (sobre a temática precisa em discussão ou outras), os quais seriam canalizados para uma espécie de ‘memória’. Um banco de bases de dados, contendo colecções de papers significativos, mas também bibliografias, o arquivo da vida do fórum, etc.
No seguimento do exposto, penso ainda que algumas zonas do fórum poderiam se orientar para o suporte á realização de investigações-actividades delimitadas (enfatizando a ideia de ‘collaborative work’); contrariando uma das suas expressões - i.e. “que o importante seja o problema , não a resposta, nem a aplicação prática ou solução definitiva”. Se está em causa o estauto do conhecer, também está a sua operatividade. (Teorias que não superam o desejo de se confrontar com as questões em que se movem, ainda provisionalmente, não correm por vezes o risco de se reduzir a uma espiral de redundância e vazio?). A referida zona de biblioteca de papers, e local de projecto (enquanto trabalho-praxis-uso das teorias), parece produtiva; pelo que se deve procurar que o projecto enuncie igualmente a sua concretização de uma forma precisa e rigorosa. (É pertinente igualmente a sua ideia de existir um local de exposição de trabalhos ditos ‘prácticos’).
Em suma: como e com o que é que acha que deveria arrancar um fórum (isto é pelo que é que começaria a ficar definido o seu projecto)?