MUTAÇÃO
Acreditamos que o verdadeiro papel da arquitectura é partilhar possíveis formas de vida que seguem por debaixo das suas construções. A teoria tem um lugar central neste processo; assume para lá da mera tarefa modernista da legitimação da construção, uma hibridez que ambiciona transdisciplinaridade e uma acção mais política. A linguagem arquitectónica enquanto discurso em prática só pode resistir a ser um instrumento de reprodução do status quo se compreender que o arquitecto é pura exterioridade em que se inscreve o poder. Contornamos pois, conscientemente, qualquer totalitarização do sistema disciplinar mediante vigilância quanto a qualquer negociação. Ambicionamos contribuir na desconstrução da disciplina expondo exclusões que historicamente ficaram ocultas nas margens da instituição. Problematizamos a autoridade inscrita na identidade disciplinar actual ou nas encomendas projectuais.
(NY, 2003. Manifesto publicado por Gonçalo na Revista NU em 2003)
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