12/26/25

Notas para comunicação sobre ”Cultura urbana, [problemáticas contemporâneas em[ arquitectura”, Porto, novembro 2025. (Gonçalo furtado(

Notas para comunicação sobre ”Cultura urbana, [problemáticas contemporâneas em[ arquitectura”, Porto, novembro 2025. (Gonçalo furtado(. Esta sessão de trabalho surge intitulada “cultura urbana expressões artísticas”. i. “Cultura”, constitui um conceito caro e complexo, o qual muitos autores procuraram deslindar (como a título meramente exemplificativo Bragança de Miranda em “Teoria da cultura”( e que desde logo e’ algo com omnipresença paralela à nossa civilização como homens. A expressão “Cultura urbana circunstancializa-a ao adjectivo – a um tipo preciso de cultura, desenvolvida com a dinâmica da modernidade. O presente congresso internacional versa culturas, “no plural”, e esta sua XIª edição tem como tema geral “lugares de culturas”. (Faça-se uma pausa para dizer que “Lugar” que, por outro lado mas curiosamente, e’ também um conceito caro à arquitectura, no contexto da discussão sobre a globalização(. O colóquio ambiciona uma reflexão contemporânea, também por isso multidisciplinar, entendendo-se como (vd. website( “oportunidade para reforçar a cultura enquanto motor de cidadania, diálogo e transformação social”. ii. Um dos 7 grupos de trabalho em que se estruturaram o colóquio foca concretamente “culturas urbanas e expressões artísticas”. (Os outros grupos consistiam de: 1. ”Políticas para cultura e a democracia; 2. Diversidade cultural e inclusão: Raça, género e sexualidade”; 3. Cultura, desenvolvimentos, redes e IA”; 4. Cultura, crises, saúde e bem estar; 5. …; 6. educação para a interculturalidade; 7. Universidade, lugar de cultura”. A designação do Gt5 - de sobremaneira jogada por vários aspectos, os quais passo a mencionar - volta a usar o conceito basilar cultura no plural. Associa a cultura ao ambiente físico/fenómeno cultural urbano, e estabelece a dialética entre as culturas urbanas especificamente e as expressões artísticas. iii. O meu contributo/abstract intitulou-se a seu tempo “Cultura urbana, [problemáticas contemporâneas em[ arquitectura”. (No programa surgiu – por razões me alheias – sem a especificação de se tratar da série de “problemáticas contemporâneas em arquitectura” especificamente(. De forma feliz, o painel bem entendeu que “as cidades são territórios vivos onde se entrecruzam fluxos” e que, em tempos de crescente urbanização, gentrificação segmentação espacial, torna-se urgente pensar a cidade como lugar de cultura e de confronto entre visões de mundo diversas”. (vd. website do colóquio( E a título de curiosidade, remetemos a pretexto de aspectos como “gentrificação”/ segmentação social, para o trabalho de autores como John Urry, sobre tematização, e no que concerne a segmentação social para a cidade dual, para que alude Manuel Castells , ou as realidades distintas que são focadas a análise radical de Mike Davis. iv. O meu contributo/ propósito provem da disciplina da arquitectura, onde o termo de cultura urbana compreende aspectos como os visados neste painel/colóquio Designadamente. em 1º lugar, o “espaços urbanos” e “espaços públicos”, “desigualdades sociais (…( e território”, e “políticas culturais” e “expressões artísticas”. Sendo que neste sentido, cumpre salientar, ser crucial da pólis (a natureza política da urbe( o espaço público da cidade, pelo que acrescidamente remeteria para autores como Richard Sennet, etc. mais atnda-se qu o espaço publico integra há décadas (com especial enfase desde os anos 60s( o debate urbanístico, bem como constituiu uma preocupação naciona aquando dos programas Polis, (que seguindo a expo 98 de Lisboa, ambicionaram qualificar as cidades portuguesas de dimensão media(, - no respeitante para alem da sustentabilidade, precisamente o espaço publico. Em 2º lugar, a realidade que ocorre da articulação entre, “desigualdades sociais… e territoriais”. E em 3º lugar, a questão das “politicas culturais” expressões urbanas. v. Provindo, como referido, o meu contributo da arquitectura e urbanismo, proponho sintetizar o leque de desafios que afrontam as cidades, na perspectiva da disciplina que provenho. Para uma descrição mais extensa desses desafios, remeto – convidando os presentes a ler – para o livro (editado em 2021 pelo “centro de inovação em arquitectura e modos de habitar” da FAUP (ISBN 978-989-99346-2-7(. Revisitemos pois a cidade e o debate da cultura urbana contemporânea (como sumariado na introdução do supramencionado livro( - [Os desafios[ conformam “um debate composto por múltiplos aspectos, incluindo (…( a condição urbana contemporânea (…(, designadamente a organização da cidade em rede, a sua característica transitoriedade, a omnipresença da imagética, a mobilidade e comunicações digitais, etc. Bem como composto por desenvolvimentos posteriores (…(, incluindo reflexos sobre a crucialidade da rehabilitação (…(, ou o paradigma das cidades criativas (…(. em suma, que procura[e[ atender ao debate urbano no fim do seculo XX, bem como ás direcções para que o debate se deslocou na última década”. Assim, a …[discussão a nosso ver[, será estruturada pela seguinte sequencia de tópicos [temáticos[ - …o urbano e o espaço púbico, …o património, …a realidade …da televida”, pela sobrevivência da cidade, Uma cidade criativa” etc. Atenda-se que tal alude a 2 paradigmas – a cidade dos bits [digital[ ou com da cidade criativa Florida etc[. vi. já no que tange a envolvimento com expressões artísticas com cultura urbana recordemos um autor chamado Ignasi Sola-Morales (irmão do urbanista Manuel Sola Morales que interveio no Porto na transição do seculo(. Autor formado em filosofia arquitectura, que tentou por altura do colóquio da União internacional dos Arquitectos em final do século XX (1996( conceber uma rede de conceitos passíveis de apreender a realidade urbana contemporânea. Tal incluiu conceitos como a ideia de “fluxos” mas também outra concerta que muito relevo pode aportar á discussão deste painel – o conceito de “terrain vague”. Na sua expectância, o terreno permanece vago impreciso, apropriável artisticamente numa resistência á envolvente produtiva. reduto de resistência á exploração da cidade á especulação e forças produtivas económicas tardo-capitalistas.

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