"[... Gonçalo Furtado]: É importante revitalizar uma certa dimensão projectual realista que, com considerável frequência, existe nas arquitecturas radicais?
[Juan Herreros]: Sim. Partilho da tua visão sobre Price, muito arquitectónica. Foi uma personagem que renunciou às práticas convencionais mas não no sentido de se converter numa personagem utópica à margem da prática
[Gonçalo Furtado]: A sua obra é um questionar de convenções, que não prescinde da capacidade de poder ser actualizada/aplicada.
[Juan Herreros]: Creio que é um grande questionador de convenções, mas que questiona a partir da prática. [...] Eu creio que ele tem um valor extraordinário, nomeadamente de permanecer simultaneamente enquanto observador e protagonista; como alguém que é ao mesmo tempo parte e narrador do sistema.
[Gonçalo Furtado]: Era um sonhador que construía sonhos, sonhos que raramente acabaram materializados em edifícios, mas sonhos pragmaticamente delineados a partir de elementos da realidade.[...]"
in: Gonçalo Furtado e Juan Herreros [Entrevista], “Conversa em Londres com Juan Herreros: Fascinados por uma Determinada Invisibilidade da Arquitectura”, in: Arq./a, Fevereiro 2009, p.76-76
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