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Escola do Porto: Notas dispersas _ I (por Gonçalo Furtado)

  1 – Escritos na pandemia, (2021) 1.1 – “Escola do Porto: Percuso e desenho”, (submetido a PSIAX), Gonçalo Furtado, ca.2020-Jan 2021./ i. Local de entrada: As “Aulas de Debuxo e Desenho” e o ensino “Beaux-arts”./ A Escola do Porto remete ao século XVIII, tendo génese na “Aula de Debuxo e Desenho” (1779-1803). [1] Altura em que, na geografia em que surge, se percorria o Barroco de Nicolau Nasoni (1691-1773) [2] ou o Neoclássico de John Carr (1723-1807), e em que, urbanisticamente, se desenhava um “Plano de melhoramentos” (1784)./ No século XIX, percorria-se a arquitectura de Gustave Eifell na Ponte Dª Maria (1877) e, urbanisticamente, era cocnebido um “Plano Melhoramentos” (1881) pelo Engº Corrêa de Barros (1835-1908) que atendia à expansão da cidade sem qualquer registo cartográfico. No que tange ao associativismo dos arquitectos, este operava-se em torno da “Real Associação dos arquitectos civis e arqueólogos portugueses”. [3]/ Neste conspecto, gostava de fazer um desvio para mencionar a instauração “Academia politécnica” [4] em 1836 [5], reforçando-se uma separação entre Academia/Escola em 1881. [6] Bem como remeter para o percurso que Maria Lisboa nos permitiu pelas “Academias, Escolas de Belas Artes e o ensino artístico”, no período que medeia o ano de 1836 e de 1910. [7]/ Já no século XX (1900-1920), ocorreu em Portugal a implantação da república portuguesa (1911)./ No Porto, o Engº Gaudêncio Pacheco desenhou a “(…)reformulação da área central (1913) bem como Engº Augusto César da Cunha Moraes (1850-1960) desenhou o “Planos Melhoramentos da Cidade” (1916). Salientando-se que, tais desenhos, foram intermediados por uma expressão dos movimentos “Arts and Crafts” e “Garden City”, no desenho de renovação das áreas centrais (1915), pelo Arqº Richard Barry Parker (1867 -1947). / Os desenhos dos arquitectos (e então também de outros), surgiam sobretudo nos periódicos “Construção Moderna” (1900-1919) e “Anuário” (1905-10). “A construção Moderna” propunha-se no seu primeiro editorial (1900): "Preencher uma lacuna existente no nosso meio literário e artístico, suprindo (…) uma falta sensível para aqueles que querem progredir pelo estudo e acompanhar a marcha incessantemente progressiva dos melhoramentos na construção civil, que tão extraordinariamente se manifestam sob todas as formas”. [8]/ Já o “Annuario da Sociedade dos Architectos Portugueses” (1905-10) inclui, em 1905, referência ao texto fundador da SAP de 1902: “O incremento constante que a classe dos architectos portuguezes tem manifestado nos últimos tempos, [sic] impôs, naturalmente, a necessidade de seriamente ser resolvido entre nós, o problema – de solução indiscutível para todos os espíritos lúcidos e imparciais, - de que a architectura é da exclusiva atribuição do architecto, e de que a este artista assiste o dever incontestável de reclamar com a energia de que o reveste a justiça da sua causa, o lugar que lhe compete no meio artístico e intelectual do país.” [9]/ Salientam-se, as considerações tecidas em 1907 pelo D. José Pessanha acerca do ensino, que antecipam a reorganização das escolas de Belas Artes: “Completar e tornar independentes os cursos de architectura das nossas escolas de bellas artes, deve ser, pois, objecto dos mais perseverantes e enérgicos esforços por parte da Sociedade dos Architectos Portugueses. Não vejo, até, neste momento, desideratum cuja realização mais deva interessá-la.” [10]/ Não podendo deixar de fazer um segundo desvio, para recordar que a nossa UP nasceu em 1911. [11]/ Na década de 1920 a 1940, urbanisticamente, Ezequiel Pereira de Campos (1874-1965) desenhou o “Prólogo ao Plano da Cidade do Porto” (1932), bem como o Arqº italiano Marcello Piacentini (1881-1960) desenhou o “Plano Geral Urbanização” (1938-1940), visando responder a legislação que obrigava ao desenho de planos gerais de urbanização até 1939. [12]/ Em termos do desenho habitacional, ocorreu ao longo de toda a primeira metade do século, o que Rui Ramos já veio veio detalhar na sua investigação intitulada “Arquitectura e projecto doméstico na primeira metade do século XX português”. [13] Trabalho cuja leitura se recomenda./ No que tange ao associativismo dos arquitectos, crou-se em 1933 o “Sindicato Nacional dos Arquitectos” (1933). Os desenhos dos arquitectos surgiam nas publicações “Arquitectura Portugueza” (1928-….), “Arquitectura” (1927-…) bem como na revista oficial do SNA (1938-…). Sendo que, em termos de ensino, destaca-se uma nova reforma do ensino artístico de 1931 e criação da Escola de Belas Artes Portuense. [14] Situação que, como sabido, coincide com a direcção com a direcção de Marques da Silva (1869-1947). Diplomado em 1896, foi um notável desenhador e introdutor de novas técnicas e programas (como os Armazéns Nascimento, 1914), bem como presidente honorário da SAP (1923). Enquanto director das Belas Artes entre 1913-1939, foi efectivamente responsável pela assimilação do sistema “beaux-arts” na escola do Porto./ A vida e obra do arquitecto encontra-se detalhada pelo especialista António Cardoso, por exemplo em livros de 1986 [15] e de 1997[16]. Mas interessar-me-ia remete para dois notáveis trabalhos realizados por colegas. O primeiro concernente a “Leituras de Marques da Silva” coordenado por Rui Ramos (2011) [17], e o segundo intitulado “Marques da Silva, o aluno, o professor, o arquitecto” por Mário Mesquita (2016). [18]/ Manuel Mendes deu um contributo único, com base em fontes primárias de arquivo, para melhor se entender a relevância do moderno portuense, com: “(In)formar a modernidade. Arquitecturas portuenses, 1923-1943: Morfologias, movimentos, metamorfoses”, sobre o que não nos extenderemos. [19]/ Gostando eu ainda aqui de salientar a relevância que possui a publicação na “Arquitectura Portuguesa” do seminal manifesto de Adolf Loos (1908) [20], bem como da referência feita ao CIAM de Atenas. [21]/ Um dos pioneiros moderno foi Carlos Ramos, nascido no Porto, diplomado em 1926. Enquanto director da escola do Porto (1952-1967), foi o responsável pela evolução do ensino Beaux Arts para o moderno. Neste conspecto referir a investigação sobre os projectos ampliação da Escola Superior de Belas Artes do Porto de Gonçalo Canto Moniz (2011) [22], bem como o seu doutoramento recentemente publicado como “O Ensino Moderno da Arquitectura: A Reforma de 57 e as Escolas de Belas Artes em Portugal (1931-69)”. [23]/ Carlos Ramos fora recordado, por Távora, nos seguintes termos: “Como cidadão foi permanentemente a sua defesa do estatuto do arquitecto e da importância da sua missão na sociedade portuguesa (…). Como pedagogo a sua acção concentrou-se fundamentalmente na Escola Superior de Belas Artes, a cujo ensino se devotou como professor e director, no sentido da sua actualização e do prestígio da sua actividade”. [24] ii. Aberturas no caminho: Perspectivas no moderno e outras experiência/ Não pretendendo me deter neste período sobejamente conhecido, que medeia meados da década de 30 e finais da década de 50, gostaria de fazer referência específica a periódicos onde apareciam desenhos e ideias renovadoras, acerca do moderno e sua evolução. Desde logo salientar o papel da 2ª série (após 1948) de uma revista de “arte e construção” - a “Arquitectura” (1927-88) - desde que foi adquirida e dirigida pelo grupo “Inicativas Culturais Arte e Técnicas” (criado por 30 arquitectos de Lisboa em 1947). Nas palavras de Ribeiro, essa empreendeu: “a divulgação de princípios teóricos e da prática profissional bastante diferenciados das publicações anteriores (...), à divulgação de projectos estrangeiros e aos arquitectos portugueses que (…) anunciavam um posicionamento mais crítico face ao contexto da produção arquitectónica oficial e que introduziam já novos materiais e novas expressões nos seus projectos (…). Por outro lado, esta publicação retomava um diálogo interrompido com as artes plásticas deixando transparecer a interdisciplinariedade integrante do currículo escolar (…). A revista Arquitectura manteve-se como o veículo preferencial de uma geração (…) do pós-guerra e que não tinha somente a europa como referência, mas também a recente arquitectura brasileira e americana. Tais preocupações profissionais traduziram-se em termos editoriais, desde os finais da década de 40, na introdução de novas temáticas e na divulgação de textos doutrinários como a Carta de Atenas.” [25]/ Destaco no que tange a publicação de proveniências internacionais que, se ainda nos anos, 40 fora publicado na “arquitectura portuguesa” Frank Lloyd Wright[26] ou Ernesto Rogers num texto dirigido aos “estudantes de arquitectura [27], nos anos 50, na revista “Arquitectura” ocorre ainda a publicação de uma sequência de artigos impressionantes, reveladores da evolução orgânica: Alvar Aalto versando o humanismo [28], Le Corbusier numa roupagem tardia-brutalista [29], Gropious indagando uma “Nova monumentalidade [30], o secretário dos CIAM Gideon sobe “Pintura e Arquitectura” [31], ou Max Bill da Escola de Ulm (segundo Frampton a segunda escola de arquitectura mais importante do século XX) focando o “O pensamento matemático na arte de hoje”. [32]/ Em 1958 surgiu a revista “Binário” (1958-77), reveladora já de colaboração e interdisciplinaridade inerente ao projectar, no seu 1º editorial: “É digamos, , a única possibilidade abetr á separação dos diversos campos do saber e do agir qie. Solados, caiem na abstracção. A colaboração realista e consequente é uma atitude limiar de cultura”. [33]/ Não podemos deixar ainda de referenciar, ainda que em breve desvio, a relevância da “The story of art” de E. Gombrich, e de movimentos como os “Design methods” de C.Jones etc./ Nos anos 60, o Porto teve “Plano Melhoramentos” (1956-1966) desenhado pelo Engº José Albino Machado Vaz (1903-1973), que só parcialmente desloca o drama das ilhas do centro para fora; bem como “Plano Director Cidade do Porto” (1962) desenhado pelo Arqº Francês Robert Auzelle (1913-1983) que, felizmente, não concretizou a demolição do hoje património mundial (Ribeira-Barredo)./ Os desenhos dos arquitectos, nos anos 60, foram publicados nas mesmas revistas “Arquitectura” (1927-88) e “Binário” E, em termos do ensino na escola do Porto, esta época inclui a saída de Carlos Ramos, o qual o qual deixou integradas outros notáveis protagonistas./ No ano de 1969 - ano em que simultaneamente termina o enfoque da já mencionada investigação de Canto Moniz e se inicia a recente sintetização do doutoramento de Paulino “O Ensino da Arquitectura na Escola do Porto: ESBAP∙FAUP: Construção de um Projecto Pedagógico entre 1969 e 1984” (2014) [34] - ocorreu o que é conhecido “experiência”, que vieram reclamar maior dimensão social e humanista, mas também artística, no ensino de arquitectura. Breves anos de “recusa do desenho”, o qual logo voltou a ser reclamado, pela sua imprescindibilidade, aquando da revolução/SAAL. [35] Desenho este de resto reunificador do projecto de escola./ Neste conspecto deve-se fazer um breve desvio para atender a um alegado “Lado B” da escola, por vezes com laivos de situacionismo. (Veja-se paralelamente as publicações “soocieté du spetacle” de Guy Debord à “New babylon: The value of dre aming the city of tomorrow” sobre Constant; mas também os notáveis desenhos em França, as inclinações a lápis por Parent , aos desenhos diagramáticos de Yona Friedman , ou aos surrealistas de dos ingleses Cedric Price e Gordon Pask que exibimos na escola em 2008/9 em exposições intituladas “Generator” e “Pask on Science and Art”./ Carlos Ramos saiu da escola em 1962, cumprindo identificar entre protagonistas cruciais para a evolução da escola de então e até à actual FAUP (1979-84), as personalidades de Fernando Távora, Alexandre Alves Costa, entre outros./ No que tange a Fernando Távora, como sabido, diplomou-se me 1950, tornando-se protagonista maior na evolução de uma modernidade, especificamente adequada à realidade portuguesa e, em termos internacionais no que ficou conhecido por arquitectura orgânica. [38] Os seus desenhos modernos para uma “Casa sobre o mar” aquando do seu CODA, evoluiram para um desenho com a gravidade da realidade e inserção na historicidade tectónica para onde projecta. Neste conspecto, gostaria de remeter o leitor para a brochura publicada pelo IFMS, que propositadamente integra, lado a lado, um desenho com referências às ideias Corbusianas (da Carta de Atenas) e o mote muito Tavoriano “o homem contemporâneo e a organização do seu espaço”. [39]/ Não me estendendo sobre a vida e obra de Fernando Távora que Manuel Mendes vem há muito investigando, mas gostaria de destacar apenas um par relações relações. Primeiro, a consciência da responsabilidade do arquitecto no desenho ou “organização do espaço” [40], em contemporaneidade com o trabalho sobre a “função social do arquitecto” que desenvolvia o seu colega Lixa Felgueiras./ Segundo, a referência formadora em Siza Vieira, que respeitosamente se refere à obra daquele nos seguintes termos em 1987, quando Tavora presidira a instalação da FAUP: “presidente da comissão instaladora da FAUP … Pedagogo e catalisador de tendências renovadoras, no interior da escola de Carlos ramos e na sua consolidação e evolução, ….num pais de marasmo ou de sufocada ansiedade…Nenhuma tranquilidade subsite….” [41]/ Quarto, a relação com o desenho e a evocação da história que Bernardo Ferrão bem salientou: “Fernando Távora evoca sempre o passado: evoca-o naturalmente quando recupera um edifício ou quando acrescenta algo de novo a uma velha construção, mas evoca-o também quando constrói de raiz ou aborda a temática da cidade”. [42]/ Como pedagogo, Távora ensinava sempre em grande amplitude cultural histórica, acompanhado pelo acto de desenhar, sendo explícito o título da publicação dos desenhos da sua última aula: “Teoria geral da organização do espaço: Arquitectura e urbanismo: A lição das constantes” (1993). [43]/ iv. - Memória e reencontros: Do desenho de “Inquéritos urbanos” em Arquitectura Analítica á unidade em torno do desenho do SAAL./ Memórias de variadas experiências ecoaram, e uma escola que pontualmente viveu uma “recusa do desenho”, reencontrar-se-á precisamente em torno deste pelo imperativo sócio-político aquando do SAAL e revolução democrática portuguesa./ Neste conspecto, gostaria de aproveitar para fazer uma particular referência a Octávio Lixa Filgueiras (1922-1996), que se diploma pela ESBAP (1942-51) com um pioneiro CODA sobre o rural como tema de urbanismo moderno (1954) [44], e teve protagonismo em termos do ensino arquitectónico e património cultural (naval etc)/. Como Távora, foi Membro ODAM e do CIAM-Porto (desde 1950), procurou contribuir para a “Charte de l’Habitat” (ca.1953), publicou um aditamento à “Grille CIAM” na “Arquitectura” 66 [45], chefiou uma das equipes do Inquérito (1955-57) [46], tendo o trabalho cordenado sido central no que foi enviado ao CIAM X (Dubrovnik, 1956). Nesse período, esteve ainda envolvido com o Gabinete de Estudos da Direcção do Norte dos Edifícios Nacionais (1955-58) e, mais tarde, coordenou a equipa norte das Habitações económicas da “Federação das Caixas de Previdência” (1961-63). Como arquitecto, salienta-se o desenho para a remodelação do edifício principal da ESBAP e da “Aula Magna2 (1955-58) ou o ante-projecto da “Pousada de Vila Nova de Cerveira” (colaboração com Alcino Soutinho, Rolando Torgo, Domingos Tavares e Álvaro Meireles)./ Enquanto pedagogo da escola do Porto (ingresso em 1957-58), salientar a metodologia inovadora de desenho e “inquérito urbano” que implementou em “Arquitectura analítica” entre 1961 [47] até 1969-1970 e que possui papel de destaque na história da Escola do porto. Foi ai que, por exemplo, o aluno Álvaro Meireles desenhou em 1963 “Casas de pescadores” em Matosinhos, e Álvaro de Brito realizou desenhos na “Operação Barredo” em 1957-58./ Nuno Guedes de Oliveria resume: “A CODA…que apresentou [1954] teve uma importância enorme, e visto ter sido a primeira tese teórica permitida. Abriu-se assim um ciclo de trabalhos de grande importância para a ESVAP, nomeadamente a CODA do Arqº Arnaldo Araújo, do Arqº José Dias, do Arqº Sergio Fernandez, do Arqº Nuno Portas e do Arqº Pedro Viera de Almeida….Dos Inquéritos urbanos [1961-69] …. Resultam os programa camarários e do Ministério das obras publicas para a recuperação do Barredo e consequentemente do CRUARB (...)”.[48] Salienta-se ainda obviamente a autoria de livro atrás mencionado “Da função social do arquitecto” (1962), baseado em concurso que ganhou, onde alertouu explicitamente: “(...) conhecer para compreender (...) Para muitos o arquitecto é o que faz; para uns tantos, o arquitecto também pensa; para os que sabem, o arquitecto, para realizar-se tem de saber fazer e, ao mesmo tempo, conhecer as coisas, e os homens, e o mundo, e a vida (...)”[49]./ O trabalho surgiu muito parcialmente na revista “Arquitectura” em 1962 [50] e o livro foi reeditado em 1985 com prefácio de Pedro Vieira de Almeida./ Uma abordagem à obra de Lixa Filgueiras foi publicada pelo mesmo Vieira de Almeida (em co-autoria com Alexandra Cardoso, 2007) no “Centro de Estudos Arnaldo Araújo” [51], e o seu arquivo “arquitectónico” encontra-se hoje no IFMS. Lixa-Filgueiras em 1971 requereu dispensa da ESBAP, teve um percurso de re-entradas como em 1974, regressando à UP em 1981, ou em 1985 transitando com o corpo docente para a FAUP;. Nuno Guedes Oliveira resume: “Em 1974 a seu pedido regressa ás funções de docente na ESBAP em Março, tendo ficado encarregue da gestão da escola de 29 de Abril a 13 de Maio, data de eleição dos novos corpos dirigentes. Em Novembro apresenta-se no Ministério da educação por discordar da orientação pedagógica proposta para o curso de arquitectura (…). Em 1985 requer a sua integração na FAUP (…)”.[52]/ Torna-se professor catedrático em 1989 e aposentou-se em 1991./ Próximo e amigo foi-lhe sempre Arnaldo Araújo (1925-1982), personagem também abordado por Viera de Almeida e Cardoso mediante exposição (2002). [53] Personagem que se diplomara em 1957 e que logo integrara a equipe assistente de Carlos Ramos, e por Domingos Tavares recordado: “…os anos 50, foi o trazer ás Belas Artes a preocupação da vanguarda internacional sobre o conhecimento da realidade Portuguesa, expressa no movimento neo-realista e na renovação dos objectivos centrais da arquitectura moderna, (…)Já no campo da arquitectura pedagógica (….), desde muito cedo se envolveu apaixonadamente … a ensina arquitectura tanto teórica como projecto” (1957-1966)… Em 1968 regressou á ESBAP como convidado, no âmbito de uma muito complexa crise que viria a transformar radicalmente as condições de vivencia do curso de arquitectura, retirou-sse por não encontrar garantias profissionais no contexto de exeriencia “rebelde” que o governo de então tolerou. Depois da revoliçao de Abril , exactamente no dia 30 de Maio de 1974, por resolução do 1º Plenário das Belas Artes, foi-lhe solicitada colaboração e participação na reorganização do curso de arquitectura. …Arnaldo recusou. Mais tarde em 1977 coltou a interessar-se pelo regresso e apresentou candidatura…”.[54]/ No que tange ao período de finais dos anos 60 ao período pós-revolucionário de 1974 segue-se uma história conhecida, a qual foi procedida pela de eventos que incluem a criação/instalação da FAUP (1979-84)./ Francisco Barata referiu-se à experiência da passagem entre os anos 60 e transição para os anos 80s nos seguinte termos./ “É importante (…) o entendimento da consciência política de uma geração de arquitectos que se formou na ESBAP entre 1969-70 e 1974-75, numa base de autodidactismo e de adesão às alutas contra o ensino académico, já iniciadas no princípio da década pelas gerações anteriores, e que nunca teve (nem desejou) ter um comportamento passivo em relação ao ensino” [55]/ Mais, Barata, partilhou-nos como, entre finais da década de 1970s e meados de 1980s, o debate teórico não se deslocara: “das temáticas dicotómicas organicismo/racionalismo, pratica artística/produção industrial, forma/método” (eg para o âmbito tipológico)”; [56] escrevendo: “Em meados da década de 70 já não é apenas a visão Zeviana da arquitectura e do movimento moderna que domina, começando a surgir em primeiro plano, a obra escrita de Leonardo Benevolo. Contudo …ainda persistia entre nós um discurso vago e envolvente sobrevalorizando a originalidade, a invenção criadora e artística no processo de projectação, e uma chave de interpretação histórica composta pelo triângulo racionalismo-organicismo-expressionismo. (….) apenas em 1973-74 se começou a aceitar , na ESBAP, a celebre afirmação de Gregotti, segundo a qual não competia ao arquitecto, enquanto tal, revolucionar a sociedade, mas revolucionar a própria arquitectura. Este pensamento, que depois foi continuamente repetido até aos nosso dias, divulgou-se mais através de “Contra uma arquitectura adjectivada” de Oriol Bohigas, do que através de o “Território da Arquitectura” do próprio Gregotti. Nos finais de 70 e durante a primeira metade de 80, o ensino de arquitectura na ESBAP, referencia-se estrategicamente a três conceitos chave: de metodologia da projectação, do projectação, o de processo de projecto e o de critica dos modelos.” [57]/ v. Contemplações: O património desenhado na escola e os primórdios da FAUP/ Pouco depois da separação do curso de arquitectura da Escola Superior de Belas Artes, e criação da FAUP (1979-84), ocorreu uma exposição reveladora de uma nova procura de identidade pós-SAAL. Procura precisamente em torno do que o título denúncia: “Desenho de Arquitectura: Património da ESBAP e da FAUP” (1987). O pretexto foi o 75º aniversário da UP, tendo a FAUP optado por colaborar com a AAP, na organização de uma mostra patrimonial baseada em desenhos ao longo de 1,5 séculos. Mais precisamente, um património iniciado com desenho de Carlos Amarante (1748-1815 a 1815) datado de 1807 e com término num desenho de Duarte Castel Branco (1927-) datado de 1959. Mais especificamente, 145 desenhos de natureza académica, profissional ou afim, que vai de estudos a desenhos técnicos, perspectivas, planos e painéis, com dimensões variáveis entre os 20cm e os 160cm, e que usa técnicas que vão do lápis, lápis de cor, pastel, tinta da china, aguarela, guache, aguada, à fotografia, colagem e painéis. Às quatro dezenas de arquitectos acrescem obras de artistas sobre dois protagonistas maiores da escola do porto, incluindo um retrato de Marques da Silva desenhado por Joaquim Lopes, bem como um retrato e um busto de Carlos Ramos respectivamente realizado em 1952 e 1952 por Salvador Barata Feyo. Bem como o painéis gráficos de trabalhos teóricos de Octávio Lixa-Filgueiras (n.1922) que é apresentado Nuno Guedes de Oliveira, e Arnaldo Araújo (1925-1984) por Domingos Tavares. Desenhos da autoria de notáveis da escola do porto, representativos da sua história da escola, sendo que o catálogo é composto por um pequeno prefácio de Fernando Távora, um ensaio interpretativo de 6 páginas por Joaquim Vieira, e um desenho de cada arquitecto complementado por texto de dimensão variável entre meia e duas páginas sobre a sua vida/obra desse autor e por vezes incluindo listagem de obras ou de dados curriculares, e uma catalogação pormenorizada de 7 páginas de todos os desenhos, painéis ou afin da totalidade do conteúdo exposto./ O ensaio introdutório intitulado “Seis casos na colecção de desenhos da FAUP”, aludia a agrupamentos estabelecidos de acordo com a relação que o desenho estabelece com ao projecto e/ou realidade. Na abertura anuncia propor-se: “(…) reflectir mais ordenadamente acerca das questões que a arte do desenho levanta (…), um esboço teórico (…) sobre um conjunto circunstancial de peças – A colecção de desenhos de arquitectura da ESBAP (…)”.[58]/ Partilhando depois questões pertinentes que os desenhos em causa levantam: “Qual a relação que se pode estabelecer entre a natureza do desenho e a obra arquitectónica? O que é que no desenho (…) é de projecto de dependência ou é para o projecto condição?” [59]/ Remetendo às denominações interpretativas propostas por Vieira, num primeiro grupo denominado por “O desenho daquilo que “já se sabe”, constaram desenhos de: Carlos Amarante (1748-1815) apresentado por Bernardo Ferrão. Destaco a beleza do desenho de Carlos Amarante seleccionado para o catálogo, deste autor por exemplo da Real Companhia da Marinha (1897)./ Num segundo grupo, denominado por Vieira como “O desenho de “mais do que se vê”, constam desenhos de: José Sardinha (1845-1906) apresentado por Bernardo Ferrão, Ventura Terra (1896-1947) por Rui Tavares, e Marques da Silva (1869-1947) por José Carlos Portugal, entre outros. [60] Destaco alguns autores pela sua relevância ou beleza dos desenhos seleccionados para catálogo: de José Sardinha, autor do projecto da Igreija para a Sra do Bonfim da cidade do Porto (1872); de Ventura Terra, autor por exemplo da Assembleia da República (1896); de José Marques da Silva, autor de concurso para a Academia Portuense de Belas Artes com uma Estação Terminum de caminhos de ferro e de desenhos feitos no atelier de Andre Laloux; de José Teixeira Lopes com “Une petite laiterie” feito no atelier de Blondel; e Correia Silva com o “Anphitheatre d’ astronomie” feito no atelier de Pascal./ Num terceiro grupo, denominado por Vieira como “O desenho que se quer mostrar”, constavam desenhos de: Rogério Azevedo (1898-1983) apresentado por Teresa Fonseca, ou Januário Godinho (n.1910) por Nuno Portas, entre outros. [61] Destaco alguns autores pela sua relevância ou beleza do desenho seleccionados para catálogo: Manuel Marques, autor de moradia Moradia desenhada no atelier de Godefrey (1922); Rogério de Azevedo´, autor do Comércio do Porto (1927), Januário Godinho com a Lota frigorifica de Massarelos; Manuel Fernandes Sá com o Monumento ao infante Don Henrique em Sagres (1936); e os ARS com o Mercado do Bom Sucesso (1949)./ Num quarto grupo denominado por Vieira como “O desenho do que se está a fazer”, constam desenhos de: novamente Rogério de Azevedo, entre outros. [62]/ Num quinto grupo, denominado por Vieira como “O desenho do que se vai ver”, constam desenhos de: Carlos Ramos (1897-1969) apresentado por Fernando Távora, entre outros. [63] Destaco alguns autores pela sua relevância ou beleza do desenho seleccionados para catálogo, Carlos Ramos com o “Pavilhão de escultura e pintura de Belas Artes” (1950), e o “CODA Grémio da lavora de Abrantes” de Duarte Castel-Branco em 1959./ Num sexto grupo, denominado por Vieira como “O desenho da razão e do espírito”, constam desenhos de: Arménio Losa (n.1908) apresentado por Henrique de Carvalho, Fernando Távora (n.1923) por Álvaro Siza Vieira, entre outros. [64] Destaco alguns autores pela sua relevância ou beleza do desenho seleccionados para catálogo, Fernando Távora com a sua CODA casa sobre o mar (1950), Vasco Vieira da Costa com a “A cidade para a cidade satélite de Luanda” (1948), João Andersen com a participação no concurso canadiano “Future house” (1953) ou o “Plano de urbanização de Nevogilde” no âmbito do concurso para Urbanologia./ Entende-se que Rogério Azevedo seja por Joaquim Vieira mencionado em dois grupos, mas é difícil entender a ausência no seu ensaio de referência a alguns autores e desenhos expostos, como Alfredo Viana de Lima entre outros, [65] ou ainda aos painéis gráficos dos teóricos Octávio Lixa Filgueiras e Arnaldo Araújo. Destaco alguns autores pela sua relevância ou beleza do desenho seleccionados para catálogo, Viana de Lima, autor da habitação na Rua Honório Lima (1941), Filgueiras, autor de CODA “Urbanismo: um tema rural” (1953); ou Araújo, autor dos painéis “Formas do habitat rural” Norte de Bragança (1957)./ Desenhos e autores expostos que, em conjunto com o demais, constitui per si um percurso pela própria história da arquitectura Portuguesa. Em particular pela portuense, concordando-se com Domingos Tavares [66] que, por detrás do propósito desta exposição de desenho, existiu uma tentativa de identificação do curso/escola./ Atenda-se por um lado que este conjunto de desenhos de dezenas e dezenas de obras, (que vão de casas a equipamentos até planos urbanos, etc.) não inclui nada das três décadas que antecederam a iniciativa (1959-1987), tendo então sido o tomado como património da escola do Porto. Mas igualmente importante, esta exposição de desenhos constituiu um momento em que o seu corpo docente se uniu em prole de um projecto de escola./ O próprio Fernando Távora descreveu então a iniciativa inédita com as seguintes explícitas palavras: “(…) assim documentando (…) a actividade de discípulos e de docentes daquela escola desde as suas origens até ao final dos anos 50 (…). Com a presente mostra de desenhos (…) afirma-se a importância que o desenho se revestiu – e deverá revestir-se – na formação dos nossos arquitectos , quer a qualidade que, na sua diversidade sempre permitiu ao longo da vida da escola ou da prática profissional de cada um.”[67]/ A meu entender, interessa teoricamente ver o evento com uma estratégica busca de identidade - após o atribulado período que vai do final dos anos 60 a meados dos 80, e que inclui a separação do curso de arquitectura da ESBAP e os primórdios da FAUP (a comissão instaladora data de 1979-84). Á semelhança do “SAAL” (1974-1976) - que aglutinara a escola à volta da questão social do ”desenho” para lá da mera exposição nas “Magnas” dos anos 50s – foi esta exposição/publicação de (1987) que novamente também a voltou a aglutinar em torno da sistematização teórico-histórica de um património então só reconhecível pelo desenho./ Tratou-se de um evento marcante, dentro da história mais ampla de séculos da escola do porto, história onde sobressaem personalidades como as que selectivamente mencionámos em capítulos anteriores: seja em tempos de Marques da Silva, de Carlos Ramos ou de Távora./ Referências: [1] Vd. website da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto./ [2] Robert Smith: Nicolau Nasoni (1691-1773). Lisboa, Livros Horizonte, 1973./ [3] Vd. Vasco Massapina, O risco do arquitecto, Lisboa: ArqCoop, 2002, p.21-24./ Ana Ribeiro, Arquitectos portugueses: 90 anos de vida associativa, 1863-1953, Porto: FAUPpublicações, 2002./ [4] Artur Basto, Memória histórica da Academia politécnica do Porto, Porto: Universidade do Porto, 1937./ [5] DL de 22.11.1836./ [6] DL de 22.3.1881./ [7] Maria Helena Lisboa, As Academias e Escolas de Belas Artes e o ensino artístico, 1836-1910, Lisboa: Colibri, 2007./ [8] AAVV, A construção Moderna, Lisboa, N.1, 1900./ [9] AAVV, Annuario da Sociedade dos Architectos Portugueses, Lisboa, N.1, 1905. Este anuário teve periodicidade anual, em 6 números com aproximadamente 100 páginas./ [10] Vd. José Pessanha, in: AAVV, Annuario da Sociedade dos Architectos Portugueses, Ano III, 1907./ [11] DL 1911 de 19 Abril./ Vd. Cândido dos Santos. Universidade do Porto: Raízes e Memórias da Instituição. Porto: Universidade do Porto, 1996./ [12] DL 24802 de 21.12.1934./ [13] Rui Ramos, A Casa: arquitectura e projecto doméstico na primeira metade do século XX português, Faupulicações, Porto, 2010./ [14] DL 19.760./ [15] António Cardoso, J. Marques da Silva arquitecto 1869-1947, Porto, Secção Regional do Norte da Associação dos Arquitectos Portugueses, Porto, 1986./ [16] António Cardoso, O arquitecto José Marques da Silva e a arquitectura do norte do país na primeira metade do século XX, Porto: FAUP, 1997./ [17] Rui Ramos (coord.), Leituras de Marques da Silva, Porto: FIMS, 2011./ [18] Mário Mesquita (coord.), Marques da Silva, o aluno, o professor, o arquitecto, Porto, IMS-FAUP, 2006./ [19] Manuel Mendes, (In)formar a modernidade. Arquitecturas portuenses, 1923-1943: Morfologias, movimentos, metamorfoses”, Porto: FAUP, 2001./ [20] Adolf Loos, “O Ornamento é crime”, in: AAVV, A Arquitectura Portuguesa, N.9, Setembro 1932./ [21] S.a., “Congresso internacional de arquitectura moderna em Atenas”, in: A Arquitectura Portuguesa, Julho 1933, p.63./ [22] Gonçalo Canto Moniz, Património e Ensino: Os projectos de ampliação da E(S)BAP [1911-2011], Património em Construção. Lisboa: LNEC, 2011./ [23] O livro surgido em 2020 provem de doutoramento já de 2011./ [24] Fernando Távora, Carlos Ramos, in: Desenho…, Porto: UP, 1987, p.52ss./ [25] Ana Ribeiro, Arquitectos Portugueses: 90 anos de vida associativa 1863-1953, Porto: FAUPpublicações, 2002./ [26] Frank Lloyd Wright, Uma original concepção arquitectónica, in: AAVV, Arquitectura Portuguesa, N 133, Abril 1946, p.19./ [27] E. R. Rogers, Aos estudantes de arquitectura, in: AAVV, Arquitectura Portuguesa, Janeiro 1949, N.28, p.7-8./ [28] Alvar Aalto, A humanização da arquitectura, in: AAVV, Arquitectura Portuguesa, N.35, Agosto 1950, p.7./ [29] Helen Herve, Uma experiência da vida futura: A unidade habitacional de Le Corbusier, in: Arquitectura./ [30] Walter Gropious, Sobre a ideia de monumentalidade, in: AAVV, Arquitectura Portuguesa, Maio 1949, p.14./ [31] Sigfried Giedion, Pintura e arquitectura, in: AAVV, Arquitectura Portuguesa, Maio 1951, p.6./ [32] Max Bill, O pensamento matemático na arte de hoje, in: AAVV, Arquitectura Portuguesa, Março-Abril 1952, p.16 ss./ [33] AAVV, Binario , Nº1, Abril 1958./ [34] Raquel Paulino, O Ensino da Arquitectura na Escola do Port: ESBAP ∙ FAUP. Construção de um Projecto Pedagógico entre 1969 e 1984, FAUP, Porto, 2014. [35] Não deixe de se ler complementar leitura: Pedro Bandeira e Nuno faria, Escola do Porto: Lado B, Documenta: Guimarães, 2014./ [36] AAVV, Architecture Principle, N.1, Paris, ca. 1960s. (La fonction Oblique)./ [37] Yona Friedman publicou o seu manifesto da “Arqutectura móvel” inicialmente na “Bauwelt”. Veja-se a entrevista que conduzi publicada na Arq/a./ [38] Vd. APAO de Zevi./ [39] Vd. IFMS./ [40] Fernando Távora, Da organização do espaço, Fernando Távora. Porto: FAUPublicações, 2008. (8ª edição)./ [41] Fernando Távora, Carlos Ramos, in: Desenho, UP: Porto, 1987, p.ss./ [42] Bernardo Ferrão, s.t., In: Luiz Trigueiros, Fernando Távora. Lisboa: Blau, 1993, p.23./ [43] Fernando Távora, Teoria geral da organização do espaço: arquitectura e urbanismo: A lição das constantes. Porto: FAUPublicações, 1993./ [44] Vd. Octávio Lixa Filgueiras et alts Urbanismo: Um Tema Rural, in: AAVV, A Revista de Pesquisas Económico-Sociais, V.3, N.4, Lisboa, 1954, p. 419-540./ [45] Octávio Lixa Filgueiras et alts, Aditamento à Grille CIAM d' Urbanisme, in: AAVV, Arquitectura, N.66, Lisboa, 1959, 12: Vd. tb. Octávio Lixa Filgueiras, A. Viana de Lima, Fernando Távora, Napoleão Amorim, Arnaldo Araújo, C. Carvalho Dias, Alberto Neves, Aldeia Nova: X Congresso CIAM, in: AAVV, Arquitectura, 64, Lisboa, 1959./ [46] Vd. Octávio Lixa Filgueiras, Arnaldo Araújo e Carlos Carvalho Dias, Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal - Zona II, Trás-os-Montes/Alto Douro, Lisboa, 1960, V.1, p. 113-215; 2.a edição, Lisboa, 1980; 3.a edição, Lisboa, 1988./ [47] Octávio Lixa Filgueiras, Inquéritos Urbanos da Cadeira de Arquitectura Analítica da E.S.B.A.P., in: AAVV, Revista de Urbanismo, do Centro de Estudos Duarte Pacheco (só publicada a primeira experiência), Lisboa, 1970./ [48] Nuno Guedes de Oliveira, Octavio Lixa Filgeuiras, in: Desenho, Porto:UP 1987, p.100 ss./ [49] Octávio Lixa Filgueiras, Da Função Social do Arquitecto: Para uma teoria da responsabilidade numa época de encruzilhada, Porto: ESBAP, 1962, p.16./ [50] Otávio L. Felgueiras, Da função social do arquitecto, in: AAVV, Arquitectura, N.75, Março 1962, p.46-ss./ [51] Pedro Vieira de Almeida e Alexandra Cardoso, Octávio Lixa Filgueiras, Arquitecto (1922-1996), Porto: Centro de Estudos Arnaldo Araújo-ESAP, 2007./ [52] Nuno Guedes de Oliveira, Octávio Lixa Filgueiras, in: Desenho, Porto:UP, 1987, p.100 ss./ [53] Pedro Vieira de Almeida e Alexandra Cardoso. Catálogo da exposição. Arnaldo Araújo, Arquitecto (1925-1982). Porto: CEAA-Col.Edições Caseiras 1, 2002./ [54] Domingos Tavares, Arnaldo Araújo, in: Desenho, Porto:UP, 1987, p.112-115./ [55] Francisco Barata Fernandes, Transformações e Permanências na Habitação Portuense: As formas da casa na forma da cidade, Porto: FAUPublicações, 1999, p.6./ [56] Francisco Barata Fernandes, Transformações e Permanências na Habitação Portuense: As formas da casa na forma da cidade, Porto: FAUPublicações, 1999, p.33./ [57] Ibid./ [58] Joaquim Vieira, Seis casos na colecção de desenhos da FAUP, in: Desenho de Arquitectura: Património da Escola de Belas Artes do Porto, Porto: Universidade do Porto, p.8-13./ [59] Ibid./ [60] Thomaz Soller (1848-1883) apresentado por Bernardo Ferrão, José Teixeira Lopes (1872-1919) por Anni Gunther Nonell, e António Correia da Silva (1880) por Anni Gunther Nonell./ [61] Manuel Marques (1890-1956) é apresentado por Manuel Mendes, David Moreira da Silva (n.1909) por Domingos Tavares, Manuel Fernandes Sá (1903-1980) por Manuel Fernandes Sá, ARS arquitectos de António Fortunato Cabral (1903-1978), Mário Cândido de Morais Soares (1908-1975) e Fernando da Cunha Leão por Manuel Teles, Mário de Abreu (n.1908) por Beatriz Madureira, e Agostinho Ricca (n.1915) por Ricardo Figueiredo./ [62] José de Brito (1896-1965) apresentado por António Madureira./ [63] Fernando Tudela (n.1917) apresentado por Domingos Tavares, José Carlos Loureiro (n.1925) por Manuel Correia Fernandes, e Duarte Castel Branco (n.1917) por Nuno Guedes de Carvalho./ [64] Vasco Vieira da Costa (1911-1982) apresentado por José Quintão, Delfim Amorim (1917-1972) por José Manuel Soares, João Andersen (1920-67) por Cristiano Moreira, Mário Bonito (1912-1976) por Alexandre Alves Costa, e Rui Pimentel (n.1924) por Carlos Guimarães./ [65] Aparentemente Henrique Pousão (1859-1888) apresentado por apresentador não identificado, Joel da Silva Pereira (n.1861) por apresentador não identificado, João Queiroz (1892-1982) por Alexandre Alves Costa, Francisco de Oliveira Ferreira (1885-1957) apresentado por Manuel Correia Fernandes, e Alfredo Viana de Lima (n.1913) por Sérgio Fernandez./ [66] Conversas gravadas com o Domingos Tavares, Porto, 2020./ [67] Fernando Távora, s.t., Desenho de Arquitectura: Património da Escola de Belas Artes do Porto, Porto: Universidade do Porto, p.7./  

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