1/7/21

Alguns momentos da cultura Arquitectónica Portuguesa do século XX (Notas complementares a decifragem de futuros possíveis na Escola do Porto)

 Alguns momentos da cultura Arquitectónica Portuguesa do século XX (Notas complementares a decifragem de futuros possíveis na Escola do Porto)

Gonçalo Furtado


 A cultura arquitecónica portuguesa século XX, compreende matéria programática da disciplina de Teoria 1 da Escola do Porto, regida pelo autor.

Neste âmbito, sintetizar que a primeira década do século XX, cria-se a Sociedade Portuguesa dos Arquitectos (1901), a revista “Arquitectura Portuguesa” (1908), e identifica-se modernidade numa certa racionalização de desenho. 

A plástica moderna do betão salienta-se na década de 20, é criada a revista “Arquitectura” (1928), e o período mediado entre 1925-36 corresponde à geração de “viragem”. Sendo que a Guerra e fascismo Europeus acarretarão relativa suspensão ao moderno, e experiências significativas são promovidas por Duarte Pacheco. O ensino das Belas Artes é reformado (1932), a SPA dá lugar ao Sindicado Nacional dos Arquitectos (1933, com secção portuense criada em 1937), e é fundada a revista arquitectos (1938-48). 

A década de 40 será a de austeridade/aporteguesamento do moderno, destacando-se a monumentalidade da “Exposição do Mundo Português” (1940), o “Portugal dos pequeninos”, as Pousadas ou a Cidade Universitária de Coimbra. Em 1946 criado o ICAT e a ODAM, esta com exposição em 1951), ocorrendo em 1948, o “Congresso dos Arquitectos” e a rendição ao moderno. 

Fernando Távora é protagonista de reformulação de “O problema da casa portuguesa”. Na década de 50 a modernidade do “International Style” aproxima-se á realidade portuguesa, altura quer de modernos “escondidos” como do “Inquérito á Arquitectura Portuguesa” (1957, com publicação em 1961). Reforçando-se influências “orgânicas” e de expressividade regional/local; correndo também a revisão da revista “Arquitectos” por Nuno Portas (1957-61).

É nesta altura que Carlos Ramos assume a Direcção da ESBAP (1952-68), das exposições Magnas (1952-68) bem como do 3º Congresso da UIA (1953). 

Nos anos 60, ocorre uma influência Italiana, atenção á História, e maior expressividade. Altura do Iº “Encontro Nacional dos Arquitectos” de 1961 e do Encontro de 1969; da “Primavera Marcelista”, da Exposição de arquitectura Filandesa na SNBA. 

E tudo antecipando a revolução democrática de 1974, o SAAL, uma afirmação profissional e a criação da Associação dos Arquitectos Portugueses (1978). 

Para o bem e para o mal, sucedeu-se o que vai da pós-modernidade à nossa indelével contemporaneidade. Tal é objecto do segundo semestre de Teoria 1, culminando com o lançamento de pistas para um entendimento da contemporaneidade

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