writings on architecture, design and cultural studies (incl. oporto school, portuguese architecture, critical project, drawings and photografphy, cedric price, gordon pask, and other stuff...)
2/7/25
CONVERSA SOBRE ARQUITECTURA E ESCOLA DO PORTO _ DEZEMBRO 2020 (Pedro de Azambuja Varela, com Gonçalo Furtado).
CONVERSA SOBRE ARQUITECTURA E ESCOLA DO PORTO _ DEZEMBRO 2020
(Pedro de Azambuja Varela, com Gonçalo Furtado).
I.
Gonçalo Furtado [GF] - Bom dia Varela, proponho estruturarmos a conversa em meia dúzia de aspectos avançados pelo questionário que te enviara./
No domínio ‘pessoal’, a minha primeira ‘questão’ visa obter informação ‘biográfica’ relativa ao período que antecede o teu ingresso no ensino superior. Entre os ‘tópicos a abordar’, sugeria que incluísses as tuas ‘primeiras afinidades com a arquitectura e afins’.
[PV] - Fiz todo o meu percurso escolar na Escola Salesiana de Santo António do Estoril, desde pequenino até ao 12º ano. A escola tinha 3 ou 4 áreas de estudos no secundário, e a parte das artes era a mesma das engenharias e ciências aplicadas. Não tive oficina de artes, nem história de arte, mas tive física e electrónica./
Por outro lado, sempre estive próximo do desenho livre e rigoroso, pois a minha mãe era desenhadora técnica na Estação Agronómica Nacional, fazia ilustração científica de insectos a escalas aumentadas. O acesso a estas ferramentas fez com que desenvolvesse um gosto por fazer desenhos geométricos, inclusive a tinta-da-china. O meu pai trabalhava em mediação imobiliária, o que por sua vez me fez estar em constante contacto com edifícios em construção. Desde cedo dizia que seria arquitecto quando fosse grande.
[GF] - Quais eram os teus interesses gerais?
[PV] - Acho que consigo resumir com alguma exactidão os meus interesses de jovem a três assuntos: bicicletas, computadores e Queen./
Queen foi a minha a(u)dição musical durante anos, fui coleccionador e até promotor de um clube./
Desde que me apercebi que havia bicicletas todo o terreno com mudanças, que desejei uma bicicleta de montanha. A primeira, transformou-se noutra, peças para aqui, desmontar, pintar, comprar peças, uma construção velocipédica de vários anos. A minha bicicleta era algo que se vinha transformando e que culminou num roubo na cidade do Porto, um dos maiores desgostos que já tive./
O computador era o meu foco de atenção em casa. Nunca fui muito de jogos, gostava mais de experimentar tecnologias, desenho, programar, construir páginas interactivas e comunicar com o mundo.
[GF] - Como surgiu o teu interesse pela arquitectura e afins?
[PV] - Acho que já respondi antes. Posso adicionar que muito pouco sabia de arquitectura antes de ingressar na faculdade... Sabia sim que queria estudar arquitectura, e não me enganei.
[GF] - A minha segunda questão versaria a tua ‘formação universitária’. Entre os ‘tópicos a abordar’ eu sugeria que incluísses as ‘afinidades pessoais, professores, cadeiras e matérias marcantes’.
[PV] - Licenciatura na FAUP, de 2000 a 2006./
Temi chumbar a Desenho 1, mas lá me safei num percurso sem interrupções. Tive muito prazer na minha Prova Final orientada pelo Prof. João Pedro Xavier sobre a análise geométrica da planta da Igreja dos Clérigos no Porto.
[GF] - Podes resumir-nos?
[PV] - Posso dizer que a minha entrada no curso de arquitectura foi muito boa. Lembro-me de gostar de todas as disciplinas, sentia-me como peixe na água. Mais para a frente no curso, houve uma ou outra cadeira que deu mais trabalho, mas de um modo geral sempre senti muito interesse e utilidade no que foi ensinado./
Tinha claro as minhas preferências, em que Geometria imperava; as matérias abriam horizontes e eu quis estender esse mundo.
[GF] - Memórias de afinidades pessoais?
[PV] - No 1º ano há muitos alunos que vêm de fora, que não são originalmente do Porto. Isto faz com que haja muitas pessoas que desenvolvem os seus trabalhos, nomeadamente da cadeira de Projecto, na escola. Sempre gostei mais de usar a palavra escola do que faculdade ou universidade. O desenvolvimento destes trabalhos muitas vezes alongava-se pela noite dentro, o que certamente contribuiu fortemente para a criação de laços de amizade./
Ainda hoje tenho amigos dessa altura, e muito especialmente um grupo de 5 que se constituía como um gabinete de arquitectura virtual, o Rucativa./
Mas se falarmos de afinidades pessoais, não nos podemos desviar do facto de que foi precisamente nesse 1º ano de arquitetura que conheci a pessoa com quem partilho a minha vida.
[GF] - Que memórias tens de professores para ti e tua geração marcantes?
[PV] - Lembro-me de ouvirmos, deleitados, as histórias do professor Domingos Tavares. Digo histórias quando poderia dizer história. O seu modo de explicar as aventuras arquitectónicas do renascimento e pós renascimento italiano confundia-se com episódios pessoais, ou acontecimentos que poderiam surgir no percurso arquitectónico de qualquer um de nós. Este modo de estar criava um grande à-vontade e, naturalmente, uma proximidade com os conteúdos da disciplina.
[GF] - Que memórias tens de cadeiras e matérias para ti e tua geração marcantes ?
[PV] - Quando falo deste assunto com antigos colegas apercebo-me de quão diferentes todos somos. Se é verdade que a personalidade e as preferências de cada um fazem com que uma disciplina para um tenha sido um pesadelo mas para outro uma alegria, também é verdade que os próprios professores, muitas vezes associados a essas disciplinas, acabassem por ficar igualmente rotulados.
Eu gostava de geometria, de história, mas temia desenho. Ora, conheço pessoas com afinidades precisamente opostas.
[GF] - A minha segunda questão centrar-se-ia nas tuas ‘principais obras’. Como ‘tópicos a abordar’ eu sugeria que contemplasses uma distinção ente as realizadas ‘como colaborador, como co-autor e como autor’.
[PV] - Acho que posso resumir este tópico de um modo cronológico./
Uma das minhas primeiras obras foi uma singela ferragem para o suporte de umas hastes de bandeira; gostei da solução porque incluía uma torção de um elemento metálico que resolvia um simples problema com um acto geométrico./
Quando trabalhei em Viena colaborei em alguns projectos de grande dimensão tais como uma grande torre de escritórios de geometria curva e um edifício comercial no centro da cidade; estes projectos equiparam-me me com uma noção mais clara do que implica o controlo de projectos desta dimensão./
Quando voltei a Portugal trabalhei vários meses no desenvolvimento de um grande empreendimento com vários edifícios de habitação, o que muito me entusiasmou. Estando a trabalhar numa empresa de promoção imobiliária, eu era o arquitecto responsável por esse grande projeto. O facto é que após alguns meses me desiludi com o mundo empresarial e rumei de volta à vida académica, perdendo o controlo e rasto desse projecto que acabou por ficar na gaveta./
Entretanto, a nível estritamente pessoal, desenvolvi juntamente com a minha parceira Renata Pinho o projeto de renovação do nosso apartamento. Foi um projecto que deu grande gozo, e foi muito pormenorizado no desenho das soluções com estreita colaboração com a carpintaria. Talvez fruto das correntes editoriais da época, teve bastante divulgação em revistas de papel e online com o nome Yellow Renovation./
Outro projecto de renovação que fiz foi a transformação de uma antiga corte de gado em uma casa rural. Nesta Casa em Rio Mau houve foi uma ampla utilização de ripados de madeira pintados de vermelho em referência ao espigueiro existente na eira daquele complexo construído./
[GF] - Outra questão que te lançaria versaria os teus ‘interesses actuais e futuros’./
Entre os ‘tópicos a abordar’, sugeria que incluísses as tuas ‘afinidades com a arquitectura e afins?
[PV] – O interesse pelo desenho, geometria e arte edificada levaram-me a estudo arquitectura. Contemporaneamente, os computadores e a geometria sempre me acompanharam. Desde cedo procurei interseções entre os dois, e depois de experiências com programas de geometria dinâmica descobri nas primeiras versões do Grasshopper um modo de potenciar a exploração da geometria com o poder da computação. Com o início dos estudos doutorais, descobri a estereotomia, e tudo encaixou numa simbiose frutífera com a arquitectura.
[GF] - No domínio da ‘actividade profissional’, a minha primeira ‘questão’ visa obter uma ‘caracterização’ sumária dessa. Como ‘sugestão de tópicos a abordar’, eu sugeria que incluísses menção ‘à tua abordagem metodológica, etc’.
[PV] - Nos primeiros anos estive a trabalhar em escritórios de arquitectura. Primeiro em Viena na Áustria no gabinete Henke um schreieck Architekten, e depois em Nova Iorque, num pequeno escritório chamado Architecture InFormation./
Depois voltei para Portugal e trabalhei na Habiserve, uma empresa grande promoção imobiliária onde tive a oportunidade de trabalhar em edifícios bastante grandes.
Não sei se terá sido overdose mas a verdade é que senti saudade da academia, da escola, e ingressei no programa de doutoramento em arquitectura. Apesar de ter sido um falso arranque deixei uma semente que voltou a germinar mais tarde./
Entretanto estabeleci a minha própria empresa AZVAvisuals de criação de materiais visuais ligados à arquitectura tais como visualizações design gráfico e design para a web, ao mesmo tempo que ia desenvolvendo as minhas capacidades de desenho algorítmico. Durante este tempo nunca estive longe da criação arquitetónica e de design de produto tendo realizado algumas obras de renovação e de mobiliário.
[GF] - Investiguei em Viena, e publiquei lá parte do meu doutoramento. E há pouco tempo escrevi sobre o meu fascínio pela América, tendo ido a Nova Iorque múltiplas vezes/
Que memórias guardas e que especificidades encontraste em cada um dos sítios por onde passaste?
[PV] - Guardo memórias valiosas sobre esses locais. Não digo boas memórias porque tudo é mais complexo do que simples. Poderia até dizer que estas duas cidades são um pouco o oposto uma da outra. Em Viena existe um grande respeito pelo ser humano, e não é difícil ter uma qualidade de vida apreciável, nunca lá passei dificuldades.
Por outro lado, em Nova Iorque, é fácil levar uma vida mais difícil: muito tempo passado em transportes mal qualificados, uma dieta fraca em verduras e bons restaurantes inacessíveis pois estão já num patamar superior orçamental. Mas estes sacrifícios valeram a pena pela experiência de viver de uma forma continuada nesta cidade única, com uma escala multidimensional inimaginável por mim até então./
Já Viena encanta por outros motivos, parece um salão de baile à escala urbana, com tudo o que de bom e de mau tem um salão de baile para quem quer habitar, viver.
[GF] - E sobre a abordagem metodológica etc, poderias falar?
[PV] - O escritório em que trabalhei em Viena tinha, a meu ver, um modo de trabalhar bastante semelhante com a realidade que conhecemos no Porto. Apesar de não se utilizar o desenho livre de perspetiva com tanto à-vontade, o esquissar estava sempre presente, e havia um grande apoio em maquetes de trabalho. O escritório estava cheio de maquetes. O software principal era o AutoCAD e eu introduzi a modelação tridimensional com o Archicad./
Em Nova Iorque encontrei uma realidade mais frugal, eventualmente derivada da pequena dimensão do gabinete. O facto é que os trabalhos eram desenvolvidos essencialmente em ambiente digital, onde o software Rhino já estava muito presente.
[GF] - Principais obras (Incl: como colaborador, como co-autor e como autor)?
[PV] - Acho que a minha principal obra a nível arquitectónico em conjunção com a minha esposa Renata Pinho é a renovação do apartamento Yellow Renovation que foi bastante publicada tanto em revista física como em sites da especialidade./
[GF] – Falaras... No domínio da ‘actividade pedagógica’, a minha primeira ‘questão’ visaria as tuas ‘experiências lectivas’ na FAUP.
[PV] - Sempre estive ligado ao ensino. Mesmo quando estudava sempre tive prazer em explicar matérias e ajudar colegas. Já na vida profissional este interesse traduziu-se na organização de workshops e trabalhos de consultoria de formação a empresas. O surgimento das tecnologias BIM revelou-se um foco de interesse o que levou a organização de cursos curtos para o efeito culminando na organização de um curso de formação contínua na faculdade de arquitectura dedicado à aprendizagem do ArchiCAD. Organizei também alguns cursos de formação para professores de geometria descritiva em que incentivo à utilização da tecnologias interactivas de visualização tridimensional para a explicação da geometria descritiva./
Entretanto já lecionei na disciplina de Geometria Construtiva na FAUP e neste momento sou regente da cadeira de CAAD nesta mesma faculdade. Tenho também colaborado de um modo algo satélite com a disciplina de História da arquitectura portuguesa ajudando na implementação de técnicas digitais de levantamento métrico, organização de informação geográfica com SIG e modelação tridimensional de formas complexas.
[GF] - A minha segunda ‘questão, versaria outras experiências para além do lecionamento na FAUP./
Experiências outras?
[PV] - A história de como me liguei ao meu tema de investigação começa num interesse pelas curvas na arquitetura. Após ter ganho uma bolsa de estudos patrocinada pela Amorim isolamentos, lancei-me no desafio de entender de como a cortiça poderia ser utilizada como material de construção em superfícies curvas. Esta investigação rapidamente me levou a uma descoberta fundamentada da estereotomia, ou seja, o modo de construção em que partes individuais criteriosamente cortadas se encaixam criando um conjunto estruturalmente funcional que entendemos por abóboda. Este tipo de construção estava a ganhar alguma tração no mundo da investigação devido aos avanços da fabricação digital associada naturalmente ao desenho digital paramétrico e algorítmico em que, quase de repente, o arquitecto tem novamente ao seu dispor este tipo de construção que se perdera com o betão moderno. Tenho assim ao meu alcance um tema de investigação que alia a geometria, arquitectura, as forças da física, o desenho computacional e a fabricação automática e precisa com máquinas, com o objectivo de construir estruturas portantes; que além de me interessarem com as suas curvaturas espaciais, potenciam uma pegada carbónica imensamente inferior aos métodos correntes de construção.
[GF] - Dizes que tem uma “pegada inferior” aos “métodos de construção correntes”.
[PV] - Tendo então desenvolvido a minha tese de doutoramento no tema da estereotomia, na atualidade tenho também feito a construção de vários pavilhões experimentais, assim como desenvolvido técnicas de fabricação de aduelas com recursos limitados, e explorado os materiais portugueses na construção deste tipo de estruturas com vista a encontrar alternativas construtivas que satisfaçam os desafios ambientais.
[GF] - “Desafios ambientais”./
A minha terceira pregunta versaria as tuas ‘experiências extra FAUP’. Por exemplo ‘noutras instituições’.
[PV] - Em 2012 frequentei o curso de estudos avançados em arquitetura digital organizado pelos professores José Pedro Sousa e Alexandre Paio, esta do ISCTE-IUL. Foi uma experiência maravilhosa porque me permitiu tomar contacto e consolidar muitos conhecimentos nesta área assim como estabelecer relações profissionais e de investigação com pessoas com o mesmo interesse.
[GF] – Eu também estive envolvido na ideia do Zé Pedro de um mestrado profissionalizante com FAUP/ISCTE.
PV] - Colaborei na organização do workshops e também dei algumas aulas nesta instituição no âmbito do desenho computacional. Também já me tenho deslocado à Universidade de Coimbra ou Universidade do Minho para a comunicação de matérias ligadas ao desenho digital em arquitectura e também técnicas de levantamento arquitectónico usando tecnologias computacionais.
[GF] - Experiências extra-lecionamento na FAUP?
[PV] - Foram sempre a nível particular. Quer na organização de pequenos cursos sobre modelação BIM ou visualização tridimensional, ou no apoio directo profissionais ou empresas para a implementação deste tipo de tecnologias.
[GF] - No domínio da ‘memórias pessoais’ pré Bolonha - isto é 2008 - , a minha primeira ‘questão’ visaria informação relativa a ‘período da FAUP’. Como ‘tópicos a abordar’, sugeria que incluísses ‘eventos, protagonistas, factos marcantes ou curiosidades’ .
[PV] - Eu terminei a minha licenciatura em 2006 e nos dois anos seguintes estive afastado da escola, portanto a minha visão pré Bolonha é a de um estudante. Como tal lembro-me especificamente de se falar nas mudanças que aí vinham, pois também estava integrado na Associação de Estudantes. Ainda na AEFAUP, falava-se da acreditação dos cursos de arquitetura em Portugal que se contavam às dezenas.
No contexto da história da escola do Porto, a escola de arquitectura claro está, sinto que o período em que estudei foi uma primeira fase após os anos da FBAUP e da instalação no novo campus. Figuras marcantes ou curiosidades? Não posso deixar de referir o episódio de uma aula fantasma em que senhor Luís Valentim foi conivente com a partida, ou também no apoio da figura sempre amiga do senhor Jorge Vieira.
[GF] - A minha terceira questão, versaria um ´período recente (i.e. após 2008)’. E como ‘tópicos a abordar’, sugeria novamente que contemplasses‘ eventos, protagonistas, factos marcantes ou curiosidades”.
[PV] - Responderei por extensão à questão anterior. Foram anos relativamente tumultuosos no que concerne ao reconhecimento de grau. Como os da minha geração tinham se formado nos anos imediatamente anteriores à revisão de Bolonha, tínhamos somente o grau de Licenciatura com 6 anos de estudos enquanto que os novos colegas, com 5 anos de estudos, já tinham Mestrado. Mudanças trazem sempre dissabores a alguém.
[GF] - Como diferencias primeira década versus a segunda década do século XX?
[PV] - Depois de eu me ter formado em 2006, casei em 2008, e pouco depois comecei a trabalhar sozinho. Não consigo olhar para estas duas décadas sem relacionar com as mudanças na minha própria vida. Portanto, a segunda década do século XX é a década em que comecei a trabalhar na minha construção pessoal e que me traz até aqui, hoje.
[GF] - Ah.
[PV] - Questões pessoais à parte e de modo geral ligado aos meus interesses, vejo esta segunda década como uma consolidação das tecnologias informáticas, nomeadamente ligadas a Internet. Ao invés do início do primeiro milénio, que viu em Portugal ainda uma experienciação introdutória às várias possibilidades digitais.
[GF] - “Introdução” procedida de “consolidação” ligada à Net.
[PV] - O fim desta segunda década foi marcado por uma forte digitalização de vários aspectos da vida e da profissão, que culminaram numa triste dependência nos meios de comunicação à distância, por causa da pandemia que veio fechar este período. É indubitável a influência que isto causou nos vários quadrantes das nossas vidas, pois hoje é normal haver reuniões à distância, ou teletrabalho, aspectos pouco fundados anteriormente.
[GF] - O presente/futuro? Desenvolves investigação na FAUP.
[PV] - Neste momento estou a desenvolver investigação para a implementação da estereotomia na construção. Durante este período em que estou a trabalhar especificamente em investigação na Universidade do Porto tenho feito experiências construtivas de abóbadas com terra e com mármore. Tenho também trabalhado no desenvolvimento de ferramentas computacionais para acesso facilitado para o projecto deste tipo de estruturas. Estas várias ações têm como objectivo a implementação da abóboda na arquitectura contemporânea. E se for estereotómica, melhor!
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment