10/21/07

Panóptico, May 11, 2005

Deleuze, numa descrição da história do controle em termos arquitectónicos, descreve a passagem na vida dos indivíduos por arquitecturas onde o denominador comum é o controle.
“O indivíduo nunca cessa de passar de um ambiente condicionado para outro, com as suas leis específicas: primeiro a família; depois a escola (“tu já não estás na tua família”); depois as barracks (“tu já não estás na escola”); depois a fábrica; de quando em quando o hospital, possivelmente a prisão, a instância preeminente do ambiente de condicionamento”.
Deleuze descreve Foucault como “tendo brilhantemente analisado o projecto ideal desses ambientes de condicionamento, particularmente visível com a fábrica: para concentrar, para distribuir no espaço; para ordenar no tempo; para compor uma força produtiva dentro da dimensão espaço-tempo com melhor efeito que a soma das suas forças componentes.” (Deleuze, 1992)
Para Foucault, filósofo que justapõe as histórias do espaços e do poderes, a arquitectura tem a função de controlar os indivíduos e por vezes os castigar, e serve como instrumento que possibilita o controle. No seu trabalho dá especial atenção à topologia do panóptico, sistema de controle carcerário idealizado por Bentham em finais do século XVIII, um edifício circular com uma torre no centro, com fenestrações coincidentes com as das celas, onde está o vigilante.
Hoje, depois das antigas estratégias de controle da Era mecânica (como a sombra no panóptico), assistimos à progressiva omnipresença de artefactos de vigilância à distância. De câmaras e demais sensores presentes nos equipamentos públicos, as camars de trafego, registo de operacoes VISA, Escgchelon rasteia as redes de comunicacoes, a ideia de cosnumo produtivo de Echeverria (que estabelece uma articulaçao enre indices de audiencia e sondagem em merdacoria produzida).
Se o pensamos viver num ambiente libertario esse é tambem um circuito de sondagens e visitas rasteadas constantemete pelo que denominaram por controle

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